Caseiro devorado por onça no Pantanal: região não tinha registro recente de ataque, diz governo do MS

Os restos mortais de Jorge Ávalo, de 60 anos, foram encontrados na terça (22); equipe faz buscas para capturar animal
Itatiaia Por Fernanda Rodrigues
O ataque de uma onça-pintada a um caseiro em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense, pegou os pesquisadores e moradores da cidade de surpresa. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc), não havia registros recentes de ataque na região.
Os restos mortais de Jorge Ávalo, de 60 anos, foram encontrados na terça-feira (22), às margens do rio Miranda e na toca do animal.
Uma equipe formada por agentes da pasta, do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), da Polícia Militar Ambiental e pelo pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Gediendson Ribeiro de Araújo - especialista em manejo de onças-pintadas - foi enviada ao município para tentar capturar o animal.
O grupo pretende levar a onça-pintada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. “O objetivo é identificar animal, confirmar o ataque, e dar devidos encaminhamentos”, informou a pasta em nota.
Caseiro foi devorado por onça-pintada
Na manhã de terça-feira (22), policiais militares ambientais encontraram os restos mortais de Jorge Ávalo. Parte deles estavam dentro de uma toca usada pela onça, a cerca de 300 metros do rancho onde o caseiro trabalhava.
Durante o resgate do corpo do idoso, o animal também atacou os policiais que participavam da operação. O corpo foi retirado da mata e levado para o Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. A perícia técnica confirmou que o caseiro havia morrido devido ao ataque da onça.
As investigações consideram algumas hipóteses para o ataque, uma delas é que o animal teria avançado no homem devido a falta de alimento no local, ou ao comportamento defensivo da própria espécie. Além disso, a corporação também trabalha com a ideia de que o animal poderia estar em período reprodutivo, o que deixa machos mais agressivos.
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