Funcionário de loja coletou biometria de 80 clientes para golpe com empréstimos

Investigação revelou que o homem usava celular pessoal para pegar dinheiro em nome de outras pessoas

O TEMPO 

Um funcionário de uma loja autorizada da Claro em Joinville, Santa Catarina, é investigado por coletar indevidamente a biometria facial de cerca de 80 clientes. O objetivo seria realizar empréstimos fraudulentos em nome dessas pessoas.

A operação Fakemetria, conduzida pela Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC), identificou o esquema e chegou até a várias vítimas. Segundo reportagem do UOL, o suspeito solicitava fotos dos consumidores alegando procedimentos de compra de linhas telefônicas. As imagens eram usadas para abrir contas em bancos digitais e solicitar microcréditos sem consentimento dos clientes.

Operação Fakemetria

Segundo consta, o funcionário selecionava vítimas com boa pontuação de crédito para criar as contas. Ele também usava seu celular pessoal, com aplicativos de bancos digitais, para realizar os empréstimos. Cristiane Berger, gerente do Procon de Joinville, mencionou que o suspeito alegava problemas de conexão para não usar dispositivos oficiais da loja.

Nem sempre os empréstimos fraudulentos eram de valores exorbitantes. A média era de R$ 4.000, mas tudo resultou em um prejuízo estimado de R$ 320 mil. Até 07 de abril, data da operação, nenhuma prisão havia sido efetuada. O suspeito já havia deixado a loja e a cidade.

A investigação também revelou vulnerabilidades nos sistemas de segurança de bancos digitais. Afinz, Will Bank e Digio foram mencionados. Afinz afirmou que seus clientes foram indenizados integralmente por uma empresa responsável. Will Bank e Digio não se pronunciaram até a publicação desta matéria.

Para evitar golpes similares, recomenda-se atenção a procedimentos que envolvam biometria facial. Verificação periódica de contas e empréstimos em nome próprio através do Registrato do Banco Central é aconselhável. A cautela é essencial ao fornecer dados biométricos, especialmente se solicitados por dispositivos pessoais de funcionários.