Bolo envenenado em Torres: Suspeita pesquisou como usar veneno para matar humanos

Caso que aconteceu no Rio Grande do Sul teve reviravolta durante investigação policial
O TEMPO
O envenenamento de um bolo durante o Natal, em Torres (RS), que resultou na morte de três pessoas da mesma família, teve reviravoltas após a prisão de Deise dos Anjos na última semana. A suspeita é a nora de Zeli dos Anjos, que fez a receita do bolo. A investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul aponta que Deise foi estrategista, fria e arquitetou um plano durante meses para matar os sogros. Autoridades, inclusive, encontraram pesquisas no celular da mulher sobre “como matar seres humanos envenenados”.
O envenenamento resultou na morte de três pessoas, duas irmãs e a sobrinha de Zeli. A própria Zeli foi internada, mas não morreu. Segundo a polícia, ela era o alvo principal de Deise.
A suspeita agora também é investigada pela morte do sogro, em setembro. Tanto o bolo periciado, quanto o corpo exumado de Paulo Luiz dos Anjos, apontam a presença de arsênio, substância química tóxica.
Em entrevista ao Fantástico, Jeferson, marido de uma das vítimas fatais e dono da casa em que a reunião aconteceu no dia 23 de dezembro, afirma que o encontro para comer o 'bolo de reis' era tradicional. Ele também relembrou que Zeli foi a primeira a provar o alimento, e que as vítimas passaram mal assim que comeram o bolo.
“A Zeli comeu primeiro e disse: 'Bah, um gosto estranho'... Quando eu dei a primeira mordida, também senti um azedume. Daí a Neuza foi comer. Comeu, deu uma mordida, foi pra segunda... 'Não, não come porque não está legal esse bolo'", relembra Jefferson, que também foi hospitalizado e liberado após atendimento.
Outro ponto importante que levou à prisão de Deise foram as pesquisas que a mulher fez no celular. A suspeita procurou na internet sobre "veneno para o coração", "arsênio veneno" e "veneno que mata humano". Além disso, uma Nota Fiscal no nome de Deise aponta que ela comprou a substância dias antes da morte do sogro. A suspeita é que ela tenha colocado arsênio no leite em pó que Paulo Luiz consumiu.
A morte repentina de Paulo assustou e intrigou a família. Ainda segundo a Polícia, na época, Deise chegou a culpar as bananas que o sogro consumiu como possível causa da morte, apontando que elas estariam contaminadas após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
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