Companhias vendem passagens para o RS e voos pousam em Canoas a partir de quarta-feira
A medida servirá como alternativa ao Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre. A malha emergencial terá 134 voos para o acesso ao Rio Grande do Sul por semana
O Tempo Por Renato Alves
BRASÍLIA – As companhias aéreas começaram a vender nesta terça-feira (21) passagens para voos que vão pousar na Base Aérea de Canoas (RS). A unidade militar, administrada pela Força Aérea Brasileira (FAB), funcionará como aeroporto e receberá 35 voos semanais, a partir desta quarta-feira (22).
A medida emergencial servirá como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre (RS), que está fechado por tempo indeterminado desde 6 de maio, após ter as instalações térreas e a pista de pouso e decolagem alagadas com a cheia do Guaíba.
A malha emergencial terá 134 voos para o acesso ao Rio Grande do Sul por semana. A primeira fase do plano de aviação foi anunciada com 116 voos comerciais semanais. A previsão é que a Base Aérea de Canoas atenda 30 mil passageiros por semana.
Os aviões decolarão e pousarão em sete aeroportos de pequeno e médio porte no Rio Grande do Sul e mais dois em Santa Catarina. Confira a malha aérea emergencial:
Rio Grande do Sul
- Aeroporto de Caxias do Sul: 39 voos semanais;
- Aeroporto de Santo Ângelo: 6 voos semanais;
- Aeroporto de Passo Fundo: 21 voos semanais;
- Aeroporto de Pelotas: 6 voos semanais;
- Aeroporto de Santa Maria: 3 voos semanais;
- Aeroporto de Uruguaiana: 3 voos semanais;
- Base Aérea de Canoas: 35 voos semanais.
Santa Catarina
- Aeroporto de Florianópolis: 14 voos semanais;
- Aeroporto de Jaguaruna: 7 voos semanais.
Ao menos 303 mil edificações residenciais foram alagadas no RS
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul afetaram 464 dos 497 municípios do Estado e causaram mais de uma centena de mortes. O desastre climático ainda afetou o fornecimento de água tratada e de energia elétrica em centenas de milhares de imóveis.
A inundação histórica alagou ao menos 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde em 123 cidades, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Universidade Federal do RS (UFRGS).
Além disso, ficaram submersos total ou parcialmente 682 unidades de ensino, 1.347 templos religiosos, 2.601 propriedades agropecuárias e outros 48 mil edifícios usados para outras finalidades, como lojas, bancos e prédios públicos ou comerciais.
Veja os números mais recentes da catástrofe, divulgados pela Defesa Civil na manhã desta terça-feira:
- Mortos: 121
- Feridos: 806
- Desaparecidos: 85
- Desalojados: 654,1 mil
- Pessoas em abrigos: 76,9 mil
- Pessoas resgatadas: 82,6 mil
- Animais resgatados: 12,1 mil
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