Arroz importado para cobrir prejuízo com enchentes no RS custará R$ 4/kg, garante governo

Governo estabeleceu critérios para reduzir as consequências do possível desabastecimento do item básico cuja produção foi afetada pelas enchentes
Itatiaia Por Pedro Nascimento
Em resposta à possível escassez de arroz no mercado nacional, o Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (15) os detalhes para a importação emergencial do produto. A medida é uma resposta aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que podem representar um aumento no preço do produto básico na mesa dos brasileiros.
O Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz do país, responsável por 70% da produção nacional. A medida de importar o produto foi autorizada após ser constatado que parte da safra deste ano ter sido afetada pelas enchentes que assolam o estado gaúcho.
De acordo com a portaria conjunta assinada pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Fazenda, está prevista a importação de até um milhão de toneladas de arroz ao longo de 2024. A primeira aquisição, programada para terça-feira (21), totalizando a compra de 100 mil toneladas do cereal.
Para esta compra inicial, foram alocados R$ 416,1 milhões, com um adicional de R$ 100 milhões destinados às despesas relacionadas à equalização de preços para a comercialização do produto. A distribuição inicial do arroz importado será direcionada para pequenos varejistas e para equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional nas regiões metropolitanas dos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará e Ceará, conforme estipulado na portaria.
Conforme o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o preço estipulado para o consumidor final já foi definido. “O governo do presidente Lula garante um preço mais justo aos consumidores brasileiros: arroz a R$ 4 o quilo. Esse é o preço que o consumidor vai pagar do arroz que o governo brasileiro está importando, para abastecer o mercado nacional. Vai fazer com que diminua o custo de vida, já que o arroz é muito importante na refeição do povo brasileiro”, apontou o ministro.
O arroz importado pelo governo deverá ser empacotado em embalagem de 2 quilos padronizada, com a marca do Governo Federal. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o intuito do governo é evitar o sobrepreço do produto nos próximos meses.
“O Governo Federal não pensa, em hipótese alguma, em concorrer com os produtores de arroz que passam por dificuldades. Nosso objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país”, argumentou. “É arroz pronto para consumo, já descascado, para não afetar a relação de produtores, cerealistas e atacadistas”, explicou Fávaro.
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