Brasil tem o menor número de nascimentos desde 1977, diz IBGE
Dados das Estatísticas do Registro Civil foram divulgados nesta quarta (27); em queda pelo quarto ano consecutivo, país registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022
itatiaia Por Fernanda Rodrigues
Em 2022, o número de nascimentos caiu pelo quarto ano consecutivo no Brasil, chegando ao menor patamar desde 1977 - a série histórica começou em 1974. É o que revelam os dados das Estatísticas do Registro Civil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (27).
No ano analisado, o país registrou 2,54 milhões de nascimentos, 3,5% a menos que 2021, quando o número foi de 2,63 milhões. Todas as regiões tiveram uma diminuição nos registros de nascimentos em 2022. Mas a queda foi mais acentuada no Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%). Aparecem em seguida da lista o Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%).
Entre os estados brasileiros, a Paraíba é que apresentou a maior queda (-9,9%), seguido pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Os únicos estados que apresentaram um aumento no número de nascimentos foram Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%).
Em relação aos meses com mais registros, março se destaca com 233,17 mil nascimentos. Maio aparece em segundo lugar, com 230,79 mil. Outubro é o mês com o menor número de nascimentos, 189 mil.
Mulheres estão tendo filhos cada vez mais tarde
De acordo com o IBGE, os dados confirmam a tendência das mulheres terem filhos cada vez mais velhas, embora a maior taxa de nascimentos ainda esteja concentrada em mães de 20 a 29 anos (49%). Porém, em 2010, esse percentual era de 53,1%.
O número de mulheres que se tornam mães antes dos 20 anos também diminuiu nos últimos 12 anos. Em 2010, o percentual era de 18,5%, foi para 13,2% em 2021 e caiu para 12,1% em 2022.
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