Ministério do Esporte reage a operação e apura desvios investigados pela PF
Ação realizada nesta segunda-feira (30) apura desvio de R$ 10 milhões por parte de entidades de Belo Horizonte e São Paulo; ex-servidor seria o pivô do esquema
Pedro Nascimento Portal Itatiaia
O Ministério do Esporte reagiu nesta segunda-feira (30) à operação ‘Fair Play’, da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-geral da União (CGU), que apuram desvios de recursos destinados à Lei de Incentivo ao Esporte. Ao todo, mais de R$ 10 milhões teriam sido usados de forma irregular na contratação de pessoas ligadas a um ex-servidor do ministério, que deixou assim que o escândalo foi descoberto.
Em nota, o ministério informou que “acompanha atentamente as investigações relativas ao desvio de recursos em projetos apoiados pela Lei de Incentivo ao Esporte durante o governo anterior”, e que reforça o “total interesse em esclarecer os fatos”, alegou.
Ainda segundo a pasta, o ministério tem atuado junto com as autoridades na apuração do caso. Nesta segunda-feira, os agentes da corporação e fiscais da CGU cumpriram 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte. Durante as buscas, a PF chegou a apreender uma grande quantidade de dinheiro em espécie.
A suspeita é de que cinco entidades sem fins lucrativos tenham se aproveitado do benefício para cometer as irregularidades. Dessas cinco entidades investigadas, quatro têm sede em BH, e uma em São Paulo. O nome das empresas e do ex-servidor envolvido não foram revelados.
O que já se sabe
As apurações da CGU e da Polícia Federal revelaram indícios de que as contratações feitas por essas entidades - com recursos públicos - estavam sendo direcionadas para prestadores de serviço e fornecedores relacionados aos dirigentes das próprias entidades investigadas.
Além disso, foram identificadas movimentações financeiras que apontam para a prática de lavagem de dinheiro.
Conforme a PF, os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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