Caso irmãos Menendez: novas evidências podem revisar sentenças e libertar dupla que matou os pais
Erik e Lyle Menendez, que estão presos há 34 anos, alegaram ter sido abusados sexualmente pelo pai
O Tempo Por Agências
Os irmãos Menendez podem estar mais próximos da liberdade. De acordo com um informante ouvido pela revista americana Vanity Fair, o promotor público de Los Angeles, George Gascón, deve rever nesta quarta-feira (16/10) a sentença de Erik e Lyle Menendez, com a intenção de libertá-los.
Os irmãos estão presos há 34 anos por terem matado seus pais, num crime que chocou os EUA e é tema de uma popular série da Netflix. A sentença original previa a prisão para o resto da vida para ambos. Em seus dois julgamentos na década de 1990, a promotoria disse que eles agiram por ganância. A defesa argumentou que os irmãos mataram seus pais porque José, o pai, havia abusado sexualmente de ambos, e eles temiam por suas vidas.
Foram dois julgamentos - o primeiro, no qual o júri não chegou a uma conclusão, foi anulado. No segundo, o juiz não permitiu que a advogada dos irmãos apresentasse evidências de que eles foram molestados, e a sentença foi a prisão perpétua.
Mas o caso pode ter uma reviravolta agora, diante de novas evidências. Em maio do ano passado, dois advogados dos irmãos Menendez notificaram o promotor sobre uma carta que Erik teria escrito para seu primo contando que ele ainda estava sendo estuprado por seu pai oito meses antes dos assassinatos.
Além disso, veio à tona uma declaração do ex-membro da banda Menudo Roy Roselló no qual ele afirma que foi drogado e estuprado por José quando tinha 13 ou 14 anos. De acordo com o Código Penal 1172.1, o promotor pode considerar se alguém que foi condenado sofreu "trauma psicológico pré-condenação ou abuso físico", se recebeu uma sentença severa em comparação a outros casos e se ele ou ela seria ou não uma ameaça à sociedade.
"O objetivo da nova sentença é nos ajudar a desfazer as coisas malucas que aconteceram nos anos noventa", diz o advogado dos Menendez, Mark Geragos. (Folhapress)
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