Indígenas fecham Fernão Dias para cobrar água e assistência a crianças; congestionamento é de 17 km
Moradores da aldeia Katurãma estão na BR-381 ao longo deste sábado (31/08)
O TEMPO Cidades
Uma manifestação de moradores da aldeia indígena Katurãma, localizada em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, bloqueia um trecho da BR-381 na altura de Betim, sentido Belo Horizonte, ao longo deste sábado (31/08). O protesto concentra-se no km 506 e se estende até o 523, somando 17 km de extensão no início desta tarde, segundo a Arteris Fernão Dias, que administra a via. Não há previsão de liberação das faixas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF-MG), que monitora a situação.
De acordo com os manifestantes, o protesto é pacífico e cobra pela normalização do abastecimento de água na aldeia. O local está sem abastecimento regular há uma semana, segundo eles. Eles também cobram atenção à saude das crianças indígenas da comunidade, que estariam sendo atingidas por uma infecção contagiosa. Duas delas estão hospitalizadas, segundo as lideranças do movimento, e outras permanecem na aldeia.
A aldeia chegou a suspeitar de um surto de Mpox entre as crianças. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), contudo, descarta a hipótese. Em nota enviada à reportagem, ela confirma que há duas crianças da comunidade internadas no hospital João Paulo II, em BH. O exame de uma delas já deu negativo para Mpox. “O quadro clínico é estável e os sintomas são febre, diarreia e lesões na pele”, diz a pasta.
Também acionada pela reportagem, a Copasa afirma que o abastecimento da aldeia está normal. “A Copasa destaca ainda que um técnico da empresa esteve na comunidade na manhã deste sábado (31/08) para verificação da pressão de água na rede que atende aos imóveis, e constatou a normalidade na atuação do cavalete”.
Esta matéria está em atualização.
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