Governo decreta luto oficial em MG após morte de sargento da PM

Governo decreta luto oficial em MG após morte de sargento da PM
Sargento Dias será sepultado nesta terça-feira (9 de janeiro) — Foto: Reprodução / Redes sociais
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

Homenagem é 'sinal de pesar' e acontece em 'solidariedade' aos familiares e 'respeito' às Forças de Segurança do Estado

Por Vitor Fórneas  O tempo

Luto oficial de três dias em Minas Gerais foi decretado pelo governador Romeu Zema (Novo) nesta segunda-feira (8 de janeiro). A razão foi o falecimento do 3º sargento da Polícia Militar (PM) Roger Dias da Cunha, de 29 anos.

A homenagem é "sinal de pesar" e acontece, segundo o governo, em solidariedade aos familiares e em respeito às Forças de Segurança de Minas Gerais. Dias foi baleado duas vezes por um detento que não voltou após receber o benefício de saída temporária de Natal.

O sargento atuou por dez anos na PM e deixou esposa e uma filha de cinco meses. "O Governo de Minas presta condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho", destacou no posicionamento.

O militar teve a morte cerebral confirmada no último domingo (7 de janeiro) e terá os órgãos doados. O sepultamento de Dias será às 17h desta terça-feira (9 de janeiro) no Bosque da Esperança - Cemitério Parque.

O caso

O sargento Dias foi atingido por disparos à queima-roupa na noite de sexta (5 de janeiro), quando guarnições do 13º Batalhão perseguiam dois homens na avenida Risoleta Neves. Em dado momento, o motorista teria perdido o controle da direção e batido contra um poste. Após o acidente, os criminosos desceram do carro e continuaram a fuga a pé.

Um deles foi alcançado por um sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do criminoso e dá ordem de parada, mas é surpreendido pelo homem, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial.

O militar foi socorrido por colegas para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, mas, dada a complexidade do caso, foi encaminhado para o Hospital João XXIII.

Prisão em flagrante é convertida em preventiva

A Justiça decidiu por manter presos os dois criminosos envolvidos na perseguição que terminou com o sargento Dias baleado duas vezes na cabeça. O atirador de 25 anos e um comparsa dele, de 33, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia neste domingo (7 de janeiro).

A decisão foi da juíza Juliana Miranda. Ela argumentou que as circunstâncias são “gravíssimas”, argumentando que, além do sargento baleado, outros policiais teriam sido alvos da dupla, que atirou contra a viatura. "Foi necessária uma mobilização policial complexa e longa para captura dos autuados”, observou.

A magistrada ainda lembrou o passado criminal de ambos para provar que há risco caso eles não fiquem em detenção, sendo que o ho de 33 anos, que, até a prisão em flagrante, estava em liberdade condicional, ainda está em cumprimento de pena por um assassinato e tentativa de assassinato qualificada. "Tudo isso corrobora para a necessidade da conversão da prisão em flagrante em preventiva para a garantia da ordem pública", concluiu Juliana.

"Saidinha"

O criminoso, 25 anos, que atirou à queima-roupa contra o sargento Dias gozava de uma saída temporária do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde estava desde agosto. A saída temporária, popularmente conhecida como “saidinha”, é um benefício previsto na Lei de Execuções Penais - 7.210/1984 - para presos em regime semi-aberto.