Fuga em Mossoró: buscas chegam ao 7º dia e governo envia Força Nacional
Polícia Federal pediu reforço e governo autorizou envio de 100 agentes e 20 viaturas ao local; buscas continuam no entorno da penitenciária de segurança máxima
Itatiaia Por Lucas Pavanelli, Pedro Nascimento
As operações de busca a dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, entram no sétimo dia nesta terça-feira (20), com reforço da Força Nacional. O Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) autorizou o envio de 100 agentes e 20 viaturas para reforçar a equipe de buscas no local.
A medida foi solicitada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em acordo com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
Ao todo, 500 homens da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e das polícias Militar e Civil do Rio Grande do Norte se dividem em dois turnos na procura por Rogério Mendonça e Deibson Nascimento. Integrantes do Comando Vermelho (CV), a dupla protagonizou a primeira fuga da história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco unidades de segurança máxima.
Rogério e Deibson fugiram na madrugada da última quarta-feira (14), durante o feriado de Carnaval, pelo buraco de uma luminária que era embutida dentro da cela, tiveram acesso ao “shaft” da penitenciária — local onde passam tubulações e outros equipamentos estruturais — e, com o auxílio de um alicate, cortaram o alambrado que separava a penitenciária do mundo exterior.
No último domingo (18), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski esteve em Mossoró para acompanhar as investigações e afirmou que não é possível dar um prazo para a captura da dupla. A última vez que ambos foram vistos foi na sexta (16), quando invadiram uma casa a 3 km da penitenciária.
Ainda segundo o ministro, o governo acredita que eles estejam na área rural que cerca a penitenciária, em um raio de 15 km do local da fuga. Policiais rodoviários federais patrulham as rodovias no entorno, enquanto outros agentes fazem busca dentro dessa área. O ministro também disse que as características da região dificultam a operação de busca, já que se trata de uma área rural, com mata fechada, casas esparsadas pela região e forte presença de grutas, que poderiam estar sendo utilizadas como esconderijos para os criminosos.
Lewandowski chamou a fuga, a primeira registrada em presídios federais na história, em 2006, de um “caso pontual” e negou a existência de fragilidades no sistema. Duas investigações, uma administrativa e outra criminal foram abertas para apurar como se deu a fuga e se há conivência de algum policial penal ou da direção da unidade — que já foi afastada.
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