Fila para o visto dos EUA diminui; veja dicas da embaixada para ter o seu
Representante dá recomendações para aumentar as chances de obtenção do documento
O Tempo Por Gabriel Rodrigues
A emissão de vistos dos EUA para brasileiros bateu recorde em 2023, quando foram emitidos 1.125 milhão de documentos. No atual ritmo, que teve aumento de 20% de emissões no primeiro trimestre, em comparação ao ano anterior, 2024 pode bater o número. Em um processo que envolve reunião de documentos e uma entrevista, o agendamento para a emissão do visto chegou a passar de 600 dias. Agora, após expansão dos quadros consulares, leva poucas semanas, e algumas dicas da própria Embaixada dos EUA ajudam a aumentar a chance de obter o visto sem problemas.
O primeiro passo para obter o visto é preencher o formulário DS-160, um documento que pede uma série de informações básicas do viajante. O processo se inicia no site oficial da Embaixada dos EUA. Nessa etapa, já é necessário deixar clara qual é a intenção da viagem, um ponto essencial do processo. Não é preciso ter passagens compradas nem uma data precisa do passeio ainda, explica o chefe de Fraude e Prevenção da Seção Consular da Embaixada dos EUA em Brasília, Daniele Faieta. “ Não recomendamos comprar a passagem sem ter o visto na mão. O interessante é tirá-lo o mais prontamente possível”.
Depois do preenchimento da DS-160, é o momento de fazer o agendamento da entrevista presencial e pagar a taxa, de US$ 185 (R$ 971,47, na estimativa atual). Uma novidade introduzida neste ano é o pagamento por Pix.
Há cinco postos de atendimento para os brasileiros: em Brasília, em Recife, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre. A fila atual demora entre duas e três semanas, e Faieta aconselha que a agenda seja conferida constantemente: “minha dica é que as pessoas monitorem o site de agendamento diariamente, porque liberamos vagas todos os dias. Pode ser que hoje não encontre a vaga desejada, mas amanhã, sim”.
Na entrevista, mais importante do que apresentar os documentos pessoais exigidos no processo, é importante deixar muito clara qual é a intenção da viagem, sublinha o representante da embaixada. “Nosso processo não é baseado em documentação, mas em entrevista. Queremos dar ao solicitante a chance de explicar seu propósito e a própria situação”, acrescenta.
O visto, afirma ele, é concedido a cerca de 85% dos solicitantes, e em geral pode ser concluído sem auxílio de profissionais. Os demais 15% são negados por problemas como inconsistência nas informações enviadas. Faieta pede especial atenção contra possíveis fraudes cometidas por despachantes contratados para cuidar do processo.
“O pagamento da taxa de R$ 185 é o único que precisa ser feito. Muitas pessoas gostam ou precisam de ajuda e contratam um despachante, mas às vezes acabam sendo vítimas de golpe. Elas acham que, com o visto de turismo, podem ir aos EUA trabalhar. Tenho o exemplo de uma pessoa que trabalha como motorista e, para pagar o despachante, vendeu o carro achando que teria trabalho nos EUA [com visto de turista]. Quando se apresentou, nos demos conta de que era um golpe. Essa pessoa tinha passagem e perdeu o dinheiro da venda do carro”, conclui. Mesmo que não haja fraude, ele reforça que o solicitante deve conferir as informações coletadas pelo despachante, já que a responsabilidade por elas é do viajante.
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