Apesar de redução, EUA registram mais de 100 mil mortes por overdose em 2023

Apesar de redução, EUA registram mais de 100 mil mortes por overdose em 2023
Fentanil já é a principal causa de morte de pessoas com menos de 50 anos nos EUA Divulgação/USDEA
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País vive um cenário crítico de mortes por overdose devido ao Fentanil, uma droga potente e viciante

 

Autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (15) que os números de mortes por overdose caíram pela primeira vez desde 2018. Conforme números preliminares, houve cerca de 107.000 mortes no país no ano passado, contra mais de 111.000 em 2022 - esses dados representam uma queda de 3%.

Os Estados Unidos vêm enfrentando uma crise de overdose provocada pelo Fentanil, opioide sintético extremamente potente e viciante. De acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), entre 2022 e 2023, houve uma diminuição de mil casos de mortes relacionadas a droga. As fatalidades reduziram de 76 mil para 75 mil nesse período.

Em entrevista à AFP, Joseph Friedman, pesquisador especializado nessa questão na Universidade UCLA, na Califórnia, afirmou que existem vários fatores que culminaram na redução de óbitos. Ele destaca que “a intensificação do tratamento da dependência” e “o maior acesso à naloxona”, como os grandes responsáveis.

Isso, porque Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) autorizou em 2023, pela primeira vez, a venda de naloxona sem receita médica, na forma de spray nasal.

Outro ponto que ele afirma contribuir para diminuição das mortes é que o Fentanil não tem chegado a novos lugares no território americano. “Esgotou todos os novos lugares para a droga se estabelecer”, explica.

Outras drogas

Em contrapartida, dados do CDC evidenciaram um aumento de mortes por overdose de cocaína ou estimulantes, como metanfetamina.

“Embora a aparente estabilização no número de mortes em comparação com os aumentos anteriores seja encorajadora, não há indicação de que os fatores estruturais fundamentais dessa crise tenham mudado significativamente”, esclareceu Friedman.

 

*Com informações da AFP