Aneurisma cerebral: entenda diagnóstico da atriz Emilia Clarke de ‘Game of Thrones’

Aneurisma cerebral: entenda diagnóstico da atriz Emilia Clarke de ‘Game of Thrones’
Emilia Clarke.jpg Após duas hemorragias cerebrais, Emilia Clarke de ‘Game of Thrones’ revela medo de ter sido demitida. Foto: Reprodução / Redes Sociais
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Atriz de 37 anos, precisou passar por duas cirurgias e colocar uma placa de titânio na cabeça; Emilia e a mãe Jenny fundaram a instituição SameYou, que apoia e dá suportes a pessoas com lesões cerebrais

Itatiaia     Por 

 

A atriz Emilia Clarke, de 37 anos, voltou a falar sobre como foi ‘perder’ parte de seu cérebro, após ter sofridos dois aneurismas, um em 2011 e outro em 2013, enquanto gravava a famosa série “Game of Thrones”. Depois de todo o processo, Emilia e a mãe Jenny fundaram a instituição SameYou, que apoia e dá suportes a pessoas com lesões cerebrais.

Clarke precisou passar por duas cirurgias, e após ambas, parte do crânio da atriz foi substituída por uma placa de titânio e sua cabeça hoje tem algumas cicatrizes por conta dos procedimentos.

Agora, Clarke revelou que, à época, ficou preocupada com a possibilidade de sua condição impactar sua carreira. Falando em uma entrevista de capa para o The Big Issue, a atriz disse: “O primeiro medo que todos tivemos foi: ‘Meu Deus, vou ser demitida? Vou ser demitida porque acham que não sou capaz de completar o trabalho?”. Emilia precisou ficar internada após a primeira temporada da série.

Nesta reportagem, você vai entender mais detalhes sobre o problema:

O que é o aneurisma?

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz -, aneurisma cerebral, é uma dilatação que pode se formar nas artérias que alimentam o cérebro. O maior perigo ao ter um aneurisma é o risco dele se romper e causar uma hemorragia, o que gera consequências muito sérias.

No caso da atriz, o aneurisma se rompeu. Em 2019, Emilia Clarke escreveu um ensaio para a revista The New Yorker onde revelou que sofreu uma hemorragia subaracnóidea - sendo um sangramento no espaço entre o cérebro e o tecido que cobre o cérebro -, causada por uma ruptura de aneurisma em fevereiro de 2011.

“Quando comecei meu treino, tive que me forçar nos primeiros exercícios”, disse Clarke. “Então meu treinador me colocou na posição de prancha, e imediatamente senti como se um elástico estivesse apertando meu cérebro”, contou a atriz.

 

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Atriz de 37 anos, precisou colocar placa de titânio na cabeça e abriu instituição que apoia pessoas com lesões cerebrais.

 

Em seguida, a atriz relatou que vomitou, no banheiro, e foi levada ao hospital, onde descobriu que tinha sofrido uma hemorragia subaracnoide – o tipo de sangramento que ocorre quando um aneurisma cerebral se rompe. Como resultado, ela foi submetida a uma cirurgia endovascular de enrolamento e teria sido temporariamente incapaz de dizer seu próprio nome. Em 2013 outro aneurisma também exigiu uma intervenção cirúrgica.

O que causa um aneurisma?

O aneurisma surge pelo enfraquecimento ou defeito da parede arterial. Ou seja, a pessoa pode nascer com o problema ou adquiri-lo, a partir de fatores como hipertensão (não controlada com medicamentos), tabagismo ou traumatismo (golpes ou ferimentos penetrantes). Desenvolver um aneurisma é um problema que atinge principalmente mulheres – com frequência duas vezes maior do que os homens – com idade por volta dos 50 anos.

Quais são os sintomas de um aneurisma?

Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Já quando crescem, podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada. A intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do sangramento.

De acordo com o Ministério da Saúde, os mais comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, perda da consciência. Sangramentos abundantes podem ser fatais. No caso de Emilia Clarke, por exemplo, ela relatou à revista “The New Yorker”, em 2019, que sentiu uma dor de cabeça muito forte enquanto se exercitava na academia, com um treinador.

Fatores de risco que podem causar aneurisma

Os dois principais fatores de risco para formação e/ou ruptura de um aneurisma são o fumo e a pressão alta não controlada. Doenças que aumentam o risco de fragilidade das artérias cerebrais, como as do colágeno e a renal policística, também influenciam.

Os fatores de risco se dividem em dois grupos: não modificáveis (sexo masculino, história familiar e idade) e modificáveis (fumo, hipertensão arterial, colesterol elevado, obesidade, raça branca e doença aterosclerótica pré-existente).

Clarke também contou à revista que, anos antes do ocorrido, se considerava saudável, mas, às vezes, sentia tonturas devido à pressão baixa e baixa frequência cardíaca.

“De vez em quando, eu ficava tonta e desmaiava. Quando eu tinha catorze anos, tive uma enxaqueca que me manteve na cama por alguns dias, e na escola de teatro eu desmaiava de vez em quando. Mas tudo parecia administrável, parte do estresse de ser atriz e da vida em geral. Agora eu acho que eu poderia estar passando por sinais de alerta do que estava por vir”, disse ela.

 

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Emilia alega que não teve nenhum desses sintomas, mas precisou fazer uma cirurgia para restaurar o fluxo sanguíneo, e tomar medicamentos para aliviar a dor.

Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

Prevenção e cuidados com o aneurisma

– Controlar a pressão arterial;
– Manter índices adequados de glicose, colesterol e triglicérides;
– Ter uma alimentação saudável, à base de vegetais, frutas, fibras e carnes magras;

– Praticar exercícios físicos regularmente;
– Não fumar;
– Não ingerir bebidas alcoólicas em excesso.

Se houver casos de aneurisma na família, deve-se visitar o neurologista periodicamente para rastrear o risco de surgimento de eventuais dilatações.