Trabalhadores da educação em BH entram em greve por tempo indeterminado

Trabalhadores da educação em BH entram em greve por tempo indeterminado
Trabalhadores das escolas municipais estão em greve crédito: Reprodução/Google StreetView
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Trabalhadores concursados da prefeitura iniciaram a greve hoje (15/2). Uma assembleia do sindicato vai decidir o destino dos concursados.

ESTADO DE MINAS    Por Pedro Faria

Trabalhadores da educação da Rede Municipal de Belo Horizonte entraram em paralisação na manhã desta quinta-feira (15/2). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública (SindRede-BH), a greve engloba funcionários de todos os setores das escolas municipais. Não há previsão para o término da paralisação.

Em um primeiro momento, a adesão foi feita apenas pelos servidores concursados da PBH. Uma assembleia que será realizada ainda nesta tarde vai decidir se os terceirizados também vão aderir ao movimento.

De acordo com o sindicato, a greve foi mobilizada devido à recusa da prefeitura em negociar os reajustes salariais com a categoria. A negociação dos terceirizados é feita com a MGS, que também está emperrada, mas há a expectativa de um avanço.

“A expectativa dos trabalhadores concursados é que a greve geral pressione a prefeitura a reabrir as negociações da campanha salarial de 2024. Os trabalhadores concursados reivindicam melhora na proposta salarial de 8,04%, dividido em três parcelas, sendo a última paga só em janeiro de 2025”, diz o comunicado do SindRede-BH.

O sindicato também contesta o argumento do prefeito Fuad Noman (PSD), de que o município atingiu o limite orçamentário. “A educação possui verbas próprias, que devem ser utilizadas para a valorização dos trabalhadores”, diz a nota.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) destacou que "respeita a decisão e espera que a categoria se una a outras que aderiram o reajuste de 8,04%".

"É importante destacar que o município sempre esteve aberto ao diálogo e realizou, de 2023 até agora, 25 reuniões somente com o sindicato que representa a Educação. Durante as negociações, a categoria recusou todas as propostas apresentadas. A Prefeitura reconhece a importância dos profissionais da Educação e a necessidade constante de valorização. Contudo, todas as concessões devem ocorrer de maneira responsável, equilibrando as necessidades de diferentes setores para garantir a sustentabilidade financeira", diz o comunicado da PBH.