Stock Car: fãs de Ayrton Senna em BH revivem memórias com o automobilismo
Senna, ídolo do automobilismo mundial, também recebe homenagens dos fãs de corrida na capital mineira
O Tempo Sports Por Rayllan Oliveira
Memórias. O dicionário define como informações guardadas e que podem ser recuperadas de forma quase literal. Na edição da Stock Car, em Belo Horizonte, a disputa faz o público reviver lembranças de um dos maiores ídolos brasileiros: Ayrton Senna.
"É impossível desconectar o Ayrton do automobilismo. Não importa qual seja a categoria, o tempo. Onde tiver uma corrida, Senna estará presente", destacou o aposentado Jarbas Tavares, de 65 anos (foto). O belo-horizontino se define como um fã do piloto brasileiro. "Talvez tenha sido a única pessoa que eu não tinha um vínculo tão próximo que me fez chorar. Isso pelas vitórias e também pela morte dele", acrescentou.
Ayrton Senna morreu no dia 1° de maio de 1994, aos 34 anos. Ele bateu contra o muro de concreto, a cerca de 209 km/h, no circuito de Ímola, no Grande Prêmio de San Marino, na Itália. Senna foi retirado do carro e levado de helicóptero para o hospital, mas não resistiu.
"Foi tão marcante que, mesmo depois de 30 anos, parece algo recente. Ficamos em frente a TV durante todo o dia acompanhando o velório, as homenagens. Uma perda muito grande", expressou a psicóloga Isabel Dante, de 45 anos.
Senna não disputou a Stock Car, maior competição brasileira de automobilismo. O piloto brasileiro se consolidou na Fórmula 1 - categoria mais avançada do esporte a motor e é regulamentada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O brasileiro foi campeão da competição em três oportunidades (1988, 1990 e 1991).
"Era uma referência. Ele tinha seus objetivos bem definidos, procurava o tempo todo os melhores resultados. Foi essa a marca que ele deixou: de um homem muito profissional e que fazia sempre um jogo limpo", contou o engenheiro Daniel Fortunato, de 43 anos.
O engenheiro Daniel Fortunato, 43, com a família durante os treinos da Stock Car em BH - Foto: Rayllan Oliveira - O TEMPO Sports
Uma das cenas do piloto que continuam na memória do engenheiro ocorreu durante o treino livre do Grande Prêmio da Bélgica, em 1992. Senna abandonou o próprio carro para salvar o piloto francês Erik Comas, que havia se envolvido em um grave acidente. "É uma marca dele. Um ídolo não apenas no esporte, mas na vida", destacou.
Para relembrar o piloto, o engenheiro coleciona várias miniaturas de carros de Fórmula 1, utilizados por Ayrton Senna. Outra forma de reviver os momentos do ídolo do automobilismo foi acompanhar a Stock Car em Belo Horizonte junto da esposa e dos dois filhos. "Acompanhei uma parte da carreira do Piquet e também do Senna. Hoje posso tentar mostrar um pouco para eles (os dois filhos) quem foi esse ídolo", reforçou o engenheiro.
Lembrança também revivida pelo aposentado Jarbas Tavares, que esteve no evento na capital mineira acompanhado dos amigos. "A gente escuta o barulho dos carros e é como se estivéssemos novamente nas manhãs de domingo da década de 90. Só falta tocar o Tema da Vitória (trilha que era reproduzida após os triunfos do piloto brasileiro)", disse emocionado.
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