Polícia procura quadrilha que se disfarça para invadir e roubar condomínios de luxo no Brasil
Dois homens foram identificados e a casa deles localizadas, mas eles não estavam lá. Eles possuem uma extensa ficha criminal.
Por MG1 — Belo Horizonte
Dois homens, de 22 e 38 anos, estão sendo procurados pela Polícia Civil de Minas Gerais suspeitos de se disfarçarem, invadirem condomínios de luxo e roubarem apartamentos. Há indícios de que eles atuam em em pelo menos cinco estados.
O modus operandi da dupla é sempre o mesmo: o homem mais jovem se passa por morador ou convidado do condomínio, confunde os porteiros, entra e arromba um dos apartamentos, em busca de objetos de valor.
Os criminosos são especializados nesse tipo de delito. Eles monitoram as vítimas, pela internet e in loco, e já chegam às casas em busca de objetos de valor — principalmente dinheiro em espécie e joias, já que aparelhos eletrônicos geralmente podem ser rastreados.
A polícia localizou a casa deles, em São Paulo, mas eles não estavam lá.
Na residência deles, foram apreendidas roupas que ele usava para o crime e chaves eletrônicas que simulam a dos prédios que tentam invadir.
Os criminosos descobrem previamente o modelo de chave eletrônica utilizado pelo edifício, adquirem uma igual e, na abordagem aos porteiros, dizem que não está funcionando e pedem para que eles abram.
Além de SP e MG, há registros de atuação da organização no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Mato Grosso.
Agrediram uma idosa
As investigações iniciaram em dezembro do ano passado, quando eles invadiram um apartamento de um casal de idosos no bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. No dia anterior, a polícia descobriu que eles tinham furtado uma outra residência, no Anchieta, na mesma região.
De acordo com a polícia, havia um evento no edifício e o criminoso aproveitou a entrada de um convidado para invadir o condomínio. O porteiro, confuso, acabou autorizando.
O criminoso arrombou a porta de um apartamento, que estava vazio. A residência pertencia a um casal de idosos, que chegou lá pouco tempo depois, quando o suspeito estava recolhendo itens de valor.
Para seguir com o crime, o criminoso agrediu a mulher idosa, que desmaiou, e ameaçou o esposo dela. Ele concluiu o roubo e fugiu.
"Os moradores dos prédios e os funcionários têm que ter consciência que não é vergonhoso [o porteiro] abordar uma pessoa que não conhece. [...] Muitas vezes as pessoas que moram num condomínio de poder aquisitivo maior ficam até ofendidos. [...] Temos que ter essa proteção, perguntar e confirmar se essa pessoa que está tentando ingressar é autorizado ou não", aconselhou o delegado Gustavo Barletta, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).
Em Belo Horizonte, há também um registro de furto no bairro Lourdes. A estimativa da polícia é que o prejuízo só na capital mineira chegue a R$ 1 milhão. Há casos em que a quadrilha realiza até mesmo "arrastão", arrombando e furtando mais de um apartamento no mesmo edifício.
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