Caso Richthofen: Cristian Cravinhos é solto pela Justiça

Ele foi condenado em 2006 a 38 anos de prisão pelos assassinatos do casal Richthofen
Itatiaia Por Yuri Cavalieri
Cristian Cravinhos, condenado pela morte do casal Richthofen, foi solto na noite dessa quarta-feira (5), após uma decisão da Justiça autorizar que ele cumpra o restante da pena fora da cadeia.
A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, de São José dos Campos (SP), determinou a progressão da pena alegando que Cravinhos mantém boa conduta carcerária, possui situação processual definida, cumpriu o prazo legal para a medida e não registrou faltas disciplinares nos últimos 12 meses.
Ainda segundo a decisão da Justiça, ele foi beneficiado com várias saídas temporárias e sempre voltou à Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista, onde cumpria a pena. A juíza afirmou que Cristian foi submetido a exame criminológico e a equipe multidisciplinar que o avaliou opinou de forma positiva para o regime aberto.
Em janeiro, o promotor Gustavo José Pedroza Silva se posicionou contra a progressão ao regime aberto. O Ministério Público levou em consideração os resultados do teste psicológico a que Cravinhos foi submetido. De acordo com o MP, ele apresenta traços disfuncionais de personalidade, como rigidez emocional e controle excessivo.
O exame citado pelo Ministério Público mostrou ainda que o réu conhece as normas sociais, mas não se identifica com elas; apresenta traços de imaturidade e uma percepção da realidade voltada para a sua própria perspectiva do mundo, sem empatia com as outras pessoas.
Restrições do regime aberto
Agora, Cristian Cravinhos terá de comparecer de três em três meses à Justiça para relatar suas atividades; obter uma ocupação lícita; sair para o trabalho às 6h e voltar para casa até as 22h; não mudar de cidade ou de casa sem autorização; e não frequentar bares ou casas de jogos.
Cristian Cravinhos foi condenado em 2006 a 38 anos de prisão pelos assassinatos do casal Richthofen. Em 2017 ele chegou a receber autorização para cumprir a pena em regime aberto, mas perdeu o benefício ao tentar subornar policiais após ser acusado de agredir uma mulher, em Sorocaba (SP), no ano seguinte. Por esse segundo caso, ele foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão.
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