Dupla indiciada por homicídio após torturar homem suspeito de furtar ferramenta no Bairro Marumbi é procurada pela polícia em Juiz de Fora

Dupla indiciada por homicídio após torturar homem suspeito de furtar ferramenta no Bairro Marumbi é procurada pela polícia em Juiz de Fora
Jonathan Fernandes da Silva e Taianara Guaraciaba Gomes são procurados pela Polícia Civil por suspeita de homícidio em Juiz de Fora — Foto: Polícia Civil/Divulgação
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Jonathan Fernandes e Tainara Guaraciaba estão foragidos e vão responder por crime cometido há quase um ano. Polícia Civil pede ajuda para encontrá-los; denúncia anônima pode ser feita pelo 181.

Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora

 

A Polícia Civil está à procura de Jonathan Fernandes da Silva, de 31 anos, e Tainara Guaraciaba Gomes, de 30, indiciados pela morte de um homem de 39 anos em maio de 2024, no Bairro Marumbi, em Juiz de Fora. Na época, a vítima foi acusada por Tainara de furtar uma ferramenta dela e, por isso, foi espancado quase até a morte por um 'tribunal do crime' comandado por Jonathan. (Relembre abaixo o crime).

Segundo a delegada Bianca Mondaini, os dois tiveram mandados de prisão preventiva expedidos e estão foragidos. Quem souber qualquer informação pode entrar em contato através do número 181, de forma anônima. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (13) após a conclusão do inquérito.

Jonathan e Tainara respondem pelos crimes de:

  • homicídio qualificado, com emprego de tortura, à traição (quando o autor mata a vítima usando a traição como principal motivo), emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima
  • concurso de pessoas (quando há a colaboração entre duas ou mais pessoas para a prática de um crime).

 

g1 não conseguiu contato com a defesa deles.

Segundo o Tribunal de Justiça, o inquérito foi recebido na terça-feira (11) e encaminhado ao Ministério Público. O caso está sob segredo de Justiça.

 

Vítima recebeu 'sentença' de morte por suspeita de furto

De acordo com a Polícia Civil, levantamentos indicam que a vítima foi acusada de furtar uma ferramenta elétrica de um dos integrantes de um grupo criminoso, o que resultou na 'sentença' de espancamento e morte, em uma espécie de 'tribunal do crime'.

Na ocasião, a esposa do homem foi ameaçada a devolver o material, e caso não o fizesse, os suspeitos afirmaram que ficariam com a filha do casal como forma de represália.

No dia 30 de maio de 2024, a vítima foi levada a um ponto de referência do tráfico de drogas no Bairro Progresso, onde foi cercada e agredida por diversos indivíduos com bastões e outros objetos contundentes.

Ainda segundo a delegada Bianca Mondaini, após a tortura, ele foi colocado em um carro de aplicativo, já bastante debilitado e com lesões graves, o que indica que os investigados assumiram o risco de morte dele. Durante o trajeto para casa, o homem perdeu a consciência e morreu antes de receber atendimento médico.

 

"Eles utilizam de extrema violência para controlar a comunidade local. Relatos de moradores indicam que os suspeitos têm envolvimento direto com o tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de armas, utilizando métodos de tortura para impor suas regras e eliminar aqueles que consideram desafetos", afirmou.

 

 

Dupla está foragida

 

Polícia Civil está à procura de Jonathan Fernandes da Silva, de 31 anos, e Taianara Guaraciaba Gomes, de 30, em Juiz de Fora — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Polícia Civil está à procura de Jonathan Fernandes da Silva, de 31 anos, e Taianara Guaraciaba Gomes, de 30, em Juiz de Fora — Foto: Polícia Civil/Divulgação

 

Diante das provas encontradas, foram expedidos mandados de prisão preventiva contra dois suspeitos:

Jonathan Fernandes da Silva: apontado como um dos chefes do tráfico de drogas na região, sendo o principal responsável pelo 'tribunal do crime' que resultou na morte da vítima;

Taianara Guaraciaba Gomes: teria participado diretamente das agressões e foi apontada como a proprietária da ferramenta furtada, fato que deu origem ao julgamento da vítima pelo grupo criminoso.

“A divulgação das imagens dos foragidos é necessária para atender ao interesse da sociedade e contribuir para a localização deles. A Polícia Civil solicita a colaboração da comunidade, e qualquer informação sobre o paradeiro dos suspeitos ou de outras pessoas que possam ter participado do crime pode ser repassada, de forma anônima e sigilosa”, pediu a delegada Bianca Mondaini.