Polícia prevê guerra na Baixada Santista (SP), após morte de líder do PCC

Polícia prevê guerra na Baixada Santista (SP), após morte de líder do PCC
Traficante Meia Folha era chefe do tráfico no Guarujá (SP) Reprodução/Polícia Civil
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

Racha na alta cúpula da facção já deixou dois mortos, em menos de 20 dias; nessa terça (12), o líder do PCC no Guarujá, Cristiano Lopes Costa, o ‘Meia Folha’, foi morto a tiros

Itatiaia     Por  

 

A morte do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Guarujá, litoral de São Paulo, pode estar ligada à um racha na cúpula da organização criminosa. Cristiano Lopes Costa, de 41 anos, conhecido como Meia Folha, foi morto a tiros, na noite de terça-feira (12), na frente de uma lanchonete da cidade. As informações são do Metrópoles.

Após a morte de Meia Folha, moradores da Baixada Santista afirmam que foram submetidos a um suposto “toque de recolher”. Comércios tiveram que fechar mais cedo e motoristas de aplicativo foram orientados a pararem de circular. Em Santos, dois ônibus foram incendiados e o transporte público foi suspenso em vários pontos da cidade. A polícia acredita que o assassinato do criminoso pode desencadear uma guerra na região.

Esta já é a segunda morte atribuída ao racha da cúpula do PCC, em menos de 20 dias. Em 25 de fevereiro, Donizete Apolinário da Silva, de 55 anos, conhecido como Prata, foi assassinado na Grande São Paulo. Ele era responsável por uma célula da facção.

Racha no PCC

O racha na alta cúpula do PCC aconteceu após o vazamento de um áudio entre Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e um agente penal da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).

Na gravação, Marcola chama o número 2 da facção, Roberto Soriano, o “Tiriça”, de “psicopata”. O áudio foi usado contra Tiriça durante o julgamento pela morte da psicóloga Melissa de Almeida Araújo. Tiriça é acusado de matar a psicóloga após ela emitir um laudo que não o favorecia. Ela trabalhava na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) e foi assassinada a tiros em maio de 2017.

O Tribunal do Júri do Paraná condenou Tiriça a 31 anos e seis meses de prisão pela morte da psicóloga. Depois do julgamento, o número 2 do PCC e aliados juraram Marcola de morte por traição. Marcola teria negado a “delação” e anunciou a expulsão de Tiriça e aliados da facção e também decretou a morte deles.

Quem era ‘Meia Folha’?

Meia Folha chefiava o tráfico no Guarujá e era ligado ao traficante André do Rap, que está foragido desde 2020. Na noite de terça-feira (12), o criminoso foi atingido por vários disparos feitos por um homem em uma moto.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), ele chegou a ser socorrido e levado ao Pronto Socorro São João, mas chegou ao local sem vida.

No local, o ex-vereador Geraldo Soares Galvão, de 61 anos, também foi baleado. Ele foi levado para o Hospital Guarujá e não teve o estado de saúde informado.

Segundo a secretaria, no carro do líder do PCC havia um colete balístico, bebidas e um telefone celular. O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio na Delegacia do Guarujá. A Polícia Civil está investigando para descobrir o autor do crime.