Polícia ocupa bairros de BH para combater traficantes e homicidas
Cerca de cem militares ocupam os bairros Jardim Felicidade, Primeiro de Maio e Novo Aarão Reis; até o fim da manhã de hoje(8), quatro pessoas foram presas
O Tempo
O crime organizado é alvo de uma operação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) nesta quarta-feira (8 de maio). Cerca de cem militares ocupam os bairros Jardim Felicidade, Primeiro de Maio e Novo Aarão Reis, em Belo Horizonte. Até o fim da manhã, quatro pessoas haviam sido presas. Os policiais também conseguiram apreender uma arma, um celular e drogas.
"São criminosos envolvidos com homicídios e com o tráfico de drogas. O objetivo dessa operação é trazer sensação de segurança, mais tranquilidade para a população. Além, é claro, de inibir a ação destes grupos, apreendendo armas, drogas e outros materiais", disse o tenente Wilson Soares, da PMMG.
Essa é a segunda fase da Operação Ocupação, que foi lançada em janeiro deste ano e já ocorreu em várias regiões do Estado. O reforço do policiamento nos três bairros da capital, que teve início nesta quarta-feira (8), não tem previsão de término. A corporação fará avaliações diárias quanto a necessidade de aumentar ou não o efetivo de militares.
"Ela vai continuar enquanto houver necessidade. Nesses lugares (onde a operação ocorre), temos muitos confrontos por causa do tráfico de drogas e ocorrências de homicídio. São crimes que demandam uma maior atenção da segurança pública", acrescentou o tenente.
Segundo o militar, os alvos da operação não possuem envolvimento com organizações criminosas de outros Estados como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). "São criminosos mineiros, que não possuem ligação com traficantes de outros lugares do país", garante o tenente.
Conforme publicado por O TEMPO, o "apadrinhamento" de organizações criminosas mineiras por facções de outros Estados ganha força em Minas Gerais e desafia as Forças de Segurança Pública do Estado. A união entre traficantes com atuação em cidades mineiras com residentes em outros locais, como Rio de Janeiro e São Paulo, se intensificou após a pandemia, com transferência de expertise entre criminosos e chegada de armamento bélico pesado em Minas.
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