Justiça de SP revoga prisão de um dos oito palmeirenses investigados por emboscada a cruzeirenses
Promotoria e Polícia aceitaram alegação da defesa de Henrique Lelis de que ele estava no Rio no dia do ataque, em outubro, em Mairiporã, Grande SP. Seis membros da Mancha continuam sendo procurados por morte de torcedor da Máfia Azul. Um palmeirense está preso.
Por Kleber Tomaz, Patrícia Marques, g1 SP e TV Globo — São Paulo
A Justiça revogou o mandado de prisão temporária que havia decretado contra um dos oitos torcedores do Palmeiras investigados pela emboscada a cruzeirenses, no final do mês passado em Mairiporã, Grande São Paulo. A informação foi confirmada nesta terça-feira (6) pelo g1 e pela TV Globo.
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil concordaram com o pedido feito da defesa para soltar Henrique Moreira Lelis: o "Ditão Mancha". A argumentação foi de que ele estava em outro estado, no Rio de Janeiro, quando ocorreu o ataque. A reportagem tenta contato com o advogado de Henrique para comentar o assunto.
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Diante disso, a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), na capital paulista, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual pediram para a Justiça cancelar a decretação da prisão de Henrique.
A Justiça então revogou o mandado de prisão temporária contra Henrique, mas manteve os decretos de prisões temporárias contra outros sete palmeirenses suspeitos de participarem do ataque da Mancha Alviverde que deixou um cruzeirense morto e 17 torcedores da Máfia Azul feridos em 27 de outubro.
A investigação havia apontado Henrique como um dos palmeirenses que participaram da emboscada após informar no inquérito que ele havia sido identificado por foto entre os torcedores da Mancha no tumulto.
A reportagem apurou ainda que, e acordo com o MP e os policiais, outro conjunto de elementos indicava a participação dele, mas isso depois não se confirmou.
Segundo o Drade e o Gaeco, a prisão temporária é para se apurar a autoria e a materialidade de um crime. E que, no caso envolvendo Henrique, não houve nenhuma arbitrariedade. Uma vez comprovado que um suspeito não participou de uma ação criminosa e realmente não estava no local, a prisão é revogada.
Sete palmeirenses investigados — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
Um dos sete palmeirenses da Mancha, Alekssander Ricardo Tancredi, foi preso na última sexta-feira (1º) pela polícia. Os outros seis integrantes da maior e principal torcida organizada do Palmeiras continuam sendo procurados _são considerados foragidos da Justiça.
Também foram expedidos mandados de buscas e apreensões já cumpridos na sede da Mancha, na capital paulista, e em imóveis dos investigados em outras cidades do estado.
Esse número de palmeirenses investigados pode aumentar. A Drade e o Gaeco investigam a possibilidade de que ao menos 150 membros da Mancha participou do ataque aos dois ônibus da Máfia, principal torcida do Cruzeiro.
Policiais e promotores analisaram imagens da emboscada na Rodovia Fernão Dias gravadas por câmeras de seguranças e pelos próprios palmeirenses. Os agressores postaram as imagens nas redes sociais como prova de que haviam dado o troco nos cruzeirenses.
De acordo com a investigação, o ataque da Mancha contra a Máfia tinha um objetivo: se vingar da surra que os palmeirenses sofreram dos cruzeirenses em 2022 numa estrada em Minas Gerais. Naquela ocasião, a torcida do Cruzeiro agrediu os torcedores do Palmeiras, chegando a humilhar suas principais lideranças.
Segundo a Drade e o Gaeco, todos os palmeirenses que forem identificados e presos responderão por participação no homicídio do cruzeirense José Victor Miranda e nas lesões corporais contra os outros membros da Máfia. Além disso, serão responsabilizados por dano, tumulto e associação criminosa.
Quem são os 7 palmeirenses
Palmeirense é ouvido algemado pela Justiça de SP
Veja abaixo a situação de cada um dos sete palmeirenses identific
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