Julgamento de habeas corpus de influenciador que realizava rifas tem data marcada
Colegiado vai deliberar se concede liberdade a Wesley Alves em janeiro de 2024
Por Pâmela Costa Fonte Tribuna de Minas
O influenciador Wesley Alves será julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) em uma sessão on-line da turma julgadora, em colegiado, no dia 24 de janeiro de 2024. Na data, será deliberado o mérito do pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do jovem. Ele é suspeito de envolvimento nos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, rifa ilegal e sonegação de impostos.
O suspeito, preso desde 28 de novembro, chegou a solicitar liberdade provisória para aguardar o julgamento em liberdade. Todavia, ele teve o pedido negado pelo juiz Orfeu Sérgio Ferreira Filho durante audiência de custódia realizada pela Vara Plantonista da Microrregião XXV, que converteu o flagrante para prisão preventiva.
Em outra tentativa de responder o processo em liberdade, o advogado de Wesley entrou com a liminar do pedido de habeas corpus na 7º Câmara Criminal de Juiz de Fora, mas não foi concedido. A alegação era de que o cliente estaria “sofrendo constrangimento ilegal” por causa da decisão que decretou a sua prisão preventiva.
Na negativa da liminar, feita ainda por um único desembargador que também é relator do caso, é reiterada a gravidade do processo no qual o influenciador supostamente estaria envolvido. “Havendo, ainda, indícios de que os sorteios ocorriam de maneira fraudulenta, uma vez que vários deles premiaram pessoas com certa proximidade dos acusados”, considera o documento.
O texto também coloca Wesley como um dos supostos mentores das atividades realizadas pelo grupo, com outros seis influenciadores. Ele assumiria o papel de gerir os sorteios “recebendo elevadas quantias de dinheiro e as dividindo entre os demais investigados”, justificou o indeferimento da liminar.
O advogado recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para que o pedido fosse julgado em 2º instância, ficando a cargo do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), que manteve a decisão da prisão dos suspeitos. Em nova audiência de julgamento, o primeiro mérito do pedido volta a ser analisado, desta vez, pela Turma Julgadora, em colegiado.
A Tribuna procurou o advogado de Wesley Alves, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.
Relembre o caso
As prisões em flagrante mobilizaram 40 policiais e foram resultado de cinco meses de investigação. Entre os itens apreendidos estavam 12 motos – dez delas 0 Km -, dez carros, duas motos aquáticas, três carretas, R$ 14 mil, celulares, computadores, documentos e dez caixas de cigarros. Ao todo, o patrimônio apreendido foi avaliado em aproximadamente R$ 3 milhões.
A operação também interditou três estabelecimentos em Juiz de Fora, que seriam usados para lavagem de dinheiro. Foram duas distribuidoras de bebidas, localizadas nos bairros Fábrica e Teixeiras, e uma loja de roupas, no Bairro Linhares.
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