Governo de Minas investe R$ 10 milhões na vacina Calixcoca, feita pela UFMG
Medicamento que está sendo desenvolvido em Minas busca tratar a dependência de cocaína e crack
Por O Tempo
O Governo de Minas deve aportar, em breve, R$ 10 milhões para a pesquisa de desenvolvimento da Calixcoca, vacina terapêutica contra a dependência de cocaína e crack desenvolvida na UFMG. O aporte será feito por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e pela Secretário de Estado de Saúde.
O Governo de Minas deve aportar, em breve, R$ 10 milhões para a pesquisa de desenvolvimento da Calixcoca, vacina terapêutica contra a dependência de cocaína e crack desenvolvida na UFMG. O aporte será feito por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e pela Secretário de Estado de Saúde.
O anúncio foi feito em julho deste ano, mas a formalização do acordo ainda não aconteceu. Na semana passada, a reitora da UFMG, Sandra Goulart, e o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, se reuniram para conversar sobre a finalização do processo de formalização do aporte.
Os recursos visam viabilizar a continuação da pesquisa, que entrará em breve na fase 1 de testes, que verificará a segurança do produto no uso em humanos - que depende ainda de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"O governo de Minas é nosso parceiro desde o início do projeto, quando houve financiamento da Fapemig. Agora, esse novo movimento de apoio contribui para a consolidação da pesquisa, que apresenta resultados muito positivos, mas ainda tem longo caminho a percorrer e culminará em um produto de valor para as políticas públicas e um aliado no tratamento da dependência química", afirmou a reitora da UFMG, Sandra Goulart.
A equipe responsável pelo desenvolvimento da vacina Calixcoca conquistou em outubro a premiação de 500 mil euros (cerca de R$ 2,6 milhões) na segunda edição do Prêmio Euro Inovação na Saúde. O prêmio é organizado pela multinacional farmacêutica Eurofarma, que atua em mais de 20 países.
Mais votada por médicos de 17 países, a Calixcoca superou outras 11 iniciativas inovadoras no campo da saúde desenvolvidas na América Latina, entre elas a SpiN-Tec, vacina contra a Covid-19 (também da UFMG), e o fitoterápico para tratamento da diabetes mellitus e obesidade, desenvolvido na Universidade de Uberaba (Uniube). Ambos foram agraciados com 50 mil euros por terem ficado entre os finalistas.
O que é a Calixcoca
O medicamento que está sendo pesquisado induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga em uma molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica. O projeto já passou por etapas pré-clínicas, em que foram constatadas segurança e eficácia para tratamento da dependência de crack.
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