Deputado estadual é alvo de operação contra fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro
Patrimônio do deputado Thiago Rangel (PMB), do Rio de Janeiro, aumentou 780% em apenas dois anos, de R$ 224 mil para R$ 1,9 milhão
O Tempo Por Lara Alves
BRASÍLIA — Uma operação da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (14) mira o deputado estadual Thiago Rangel (PMB), do Rio de Janeiro, que é investigado por fraudes em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Quatorze mandados de busca e apreensão são cumpridos em endereços ligados ao político em Campos dos Goytacazes e também no Rio de Janeiro — os alvos são casas, edifícios comerciais e quatro prédios públicos.
A investigação começou em setembro após a prisão do braço-direito de uma quadrilha que operava um esquema de fraudes em licitações. O inquérito da Polícia Federal revelou que empresas ligadas ao deputado eram contratadas sem licitações. Essas operações resultavam no desvio de recursos públicos, e o dinheiro obtido ilegalmente era lavado através de uma rede de postos de combustíveis que também pertence ao político.
A Polícia Federal batizou essa operação de Postos de Midas, uma menção ao Rei Midas, um personagem da mitologia grega que transforma em ouro tudo que tocava. A escolha é uma referência à rápida expansão do patrimônia de Thiago Rangel depois que ele deu início à carreira política. Quando se elegeu vereador em Campos dos Goytacazes, em 2020, ele acumulava um patrimônio de R$ 224 mil. O valor era distribuído em dois veículos, uma moto aquática e uma participação de R$ 60 mil em um posto de gasolina.
Dois anos depois, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, Thiago Rangel declarou um patrimônio 780% maior. Ele dizia ter R$ 1,9 milhão distribuídos em 18 postos de combustíveis e 12 empresas — todas elas identificadas na investigação.
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