Após fraudes na Black Friday, especialistas alertam para compras online no Natal

Pesquisa da CDL/BH mostra que muito consumidor deixou para comprar presentes na última hora

Fonte Hoje em Dia

Às vésperas da tradicional troca de presentes de Natal, ainda tem gente  indo às compras. De acordo com pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH) divulgada no último dia 14, o período em Belo Horizonte será marcado por comemorações e compras de última hora. para evitar trânsito e shoppings cheios, muitas pessoas estão optando pelo comércio online. 

Após fraudes na Black Friday, especialistas alertam para compras via computador ou celular nesta época. Estudo feito pela AllowMe, empresa que faz parte da Serasa Experian, revela que as ocorrências poderiam ter gerado perdas de pelo menos R$15,8 milhões às empresas

Entre os dias 20 e 26 de novembro, do total de transações realizadas em dispositivos (móveis e notebooks/desktops) no Brasil, 0,53% foram apontadas como tentativas de fraude, gerando uma frequência de duas ocorrências por minuto no período.

Shoppings estão lotados nesta última quinta-feira antes do Natal (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Os números são do estudo inédito feito pelo AllowMe, empresa referência em tecnologia para análise de riscos de devices que faz parte da Serasa Experian datatech, líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades, com foco nas jornadas de crédito, autenticação e prevenção à fraude. isso quer dizer que, em cada 200 transações realizadas, 1 se configurava como entativa de fraude.

Os dados alertam para que as compras de Natal sejam feitas com mais atenção e segurança, já que segundo dados do E-commerce Brasil, a expectativa é de aumentar em 5,6% as vendas do varejo digital.

Ainda na Black Week, as investidas reportadas foram malsucedidas graças às ferramentas de antifraude, mas se fossem efetivadas, teriam gerado uma perda financeira de pelo menos R$ 15,8 milhões às empresas. Para produção do estudo, foram avaliadas 3,7 milhões de transações ocorridas em ambientes on-line, das quais 90% foram realizadas por dispositivos móveis (0,61% identificados como tentativas de fraude) e 10% feitas por meio de notebook ou desktop (4,27% identificadas como tentativas fraudulentas).

Em comparação com a Black Week de 2022, houve uma queda de 22% nas transações. Do total de operações identificadas como tentativas de golpes (0,53%), 43% foram realizadas via notebook ou desktop.

Dicas para evitar

As tentativas de fraude aconteceram no ambiente on-line e foram detectadas graças às tecnologias de autenticação e ferramentas de prevenção a operações fraudulentas.

“Um elemento importante durante as compras de final de ano, assim como na Black Friday, é a velocidade, uma vez que um grande volume de transações ocorre em um intervalo de tempo reduzido. Isso pode levar as pessoas a negligenciar detalhes importantes e ficarem vulneráveis a atividades fraudulentas. Por isso, é importante ter cuidado redobrado, verificar links antes de clicar, não preencher formulários suspeitos com dados pessoais e realizar transações com empresas e sites confiáveis e verificados”, declara o diretor responsável pelo AllowMe, Gustavo Monteiro.

Confira a seguir o top quatro de comportamentos mais recorrentes associados às tentativas de fraude no período:

• O uso de dispositivos associados à fraude previamente;
• O uso de um único dispositivo para fazer diversas transações num curto período;
• Discrepâncias associadas à geolocalização, como transação fora do raio permitido ou geolocalização bloqueada previamente.;
• Acessos feitos a partir de máquinas virtuais.

Metodologia

Para o levantamento do AllowMe com a Serasa Experian sobre as tentativas de fraude em dispositivos durante a Black Week, foram analisadas, no período de 20 a 26 de novembro de 2023, 3.775.196 transações, sendo 90% realizadas por meio de dispositivos móveis e 10% com notebook ou desktops. Foram consideradas ocorrências reportadas por empresas dos segmentos de crédito, financiamento e investimento, reclamações, bancos digitais, fidelidade, e-commerces e marketplaces.