Sequestros e torturas: grupo é preso suspeito de implantar 'Tribunal do Crime' no Bairro Borboleta, em Juiz de Fora

Sequestros e torturas: grupo é preso suspeito de implantar 'Tribunal do Crime' no Bairro Borboleta, em Juiz de Fora
Polícia Civil realiza coletiva em Juiz de Fora sobre a operação desta terça-feira (23) — Foto: Polícia Civil/Divulgação
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Punições eram tentativas dos integrantes da facção Comando Vermelho de impor o sistema no bairro e ganhar forças no tráfico da região. Nove pessoas foram detidas desde o início das investigações.

Por Gabriel Landim, TV Integração — Juiz de Fora

 

Cinco pessoas foram presas pela Polícia Civil nesta terça-feira (23) suspeitas de integrar uma organização criminosa que instaurou um 'Tribunal do Crime' no Bairro Borboleta, em Juiz de Fora. Outras quatro já haviam sido detidas em fevereiro.

O grupo é suspeito de sequestrar, espancar e torturar moradores que não seguiam determinadas regras da facção conhecida como 'Comando Vermelho', atuante no Rio de Janeiro e com ramificações em Minas Gerais e em outros estados.

Início das investigações

As investigações começaram após a prisão de dois homens no início deste ano, segundo a Polícia Civil. Na ocasião, eles sequestraram uma jovem após o namorado dela não pagar uma dívida de drogas.

Já no início de abril, vídeos de espancamentos circularam nas redes sociais dos moradores do Bairro Borboleta. Veja mais acima. Os três jovens agredidos nas imagens teriam brigado em uma festa, o que seria contra as regras da facção.

Conforme a Polícia Civil, as punições do 'Tribunal do Crime' eram tentativas dos integrantes da facção de impor o sistema no bairro e ganhar forças no tráfico da região.

Polícia prende integrantes de quadrilha em Juiz de Fora — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Polícia prende integrantes de quadrilha em Juiz de Fora — Foto: Polícia Civil/Divulgação

 

A operação

A ação desta terça-feira contou com apoio do Departamento de Operações Especiais e 50 policiais, além da utilização de drones e um helicóptero.

Além da prisão de sete pessoas, foram apreendidas porções de crack, cocaína, dinheiro e chips de celular, que eram enviados para presídios. A investigação segue em andamento com objetivo de prender mais envolvidos.