Professor da USP explica que tremores em Sete Lagoas têm relação com as chuvas

Professor da USP explica que tremores em Sete Lagoas têm relação com as chuvas
Cidade da região Central de Minas registrou tremores de terra seguidos — Foto: Luiz Claudio Alvarenga / divulgação
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Só nesta terça (16 de janeiro), cidade teve três tremores de terra seguidos em um mesmo dia

O Tempo    Por Isabela Abalen 

O período chuvoso é um dos fatores relacionados aos tremores de terra registrados em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. O fenômeno foi explicado pelo professor do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Santos, que afirmou que as “atividades sísmicas”, como são chamados os tremores, devem continuar no município até o período de seca. 

Somente durante a madrugada e manhã desta terça-feira (16 de janeiro), Sete Lagoas registrou três tremores de terra de magnitudes 2.6, 2.2 e 2.3 na escala Richter (mR), segundo a mediação da USP. No domingo (14), Sete Lagoas passou por outro tremor, de magnitude 2.3 mR. O fenômeno assustou moradores, gerando pânico na cidade, mas, de acordo com Santos, não há perigo real. “Está ocorrendo o que a gente chama de consequências da atividade sísmica, com magnitudes bem baixas. Causa pânico na população, mas não é algo que, de forma efetiva, vá causar danos como rachaduras ou demoronamentos”, afirmou. 

O especialista explica que os últimos tremores de terra em Sete Lagoas estão relacionados às chuvas. “Neste período, como tem a ocorrência da chuva mais intensa, a possibilidade de ter movimentação sísmica é maior. Mas, normalmente, com tremores muito pequenos. É isso que a gente tem como característica principal na região de Sete Lagoas”, disse. O município está em alerta para chuvas intensas com ventos de até 60 km/h até às 10h desta quarta-feira (17 de janeiro). 

Segundo Santos, os moradores precisam se preparar para novos tremores. “A população precisa ter ciência que a região vai ter atividade sísmica nesse período, às vezes até o período de seca. São ocorrências que vão causar susto. Normalmente, ocorrem cerca de seis tremores e depois eles cessam novamente”. 

A prefeitura de Sete Lagoas informou que, até o momento, não houve registros oficiais de ocorrências de danos materiais ou humanos em decorrência dos tremores. “As equipes estão nos bairros onde o evento foi mais sentido, acompanhando e monitorando a situação junto aos moradores”, disse o órgão por meio de nota.

Em caso de algum dano ou rachadura no imóvel ocasionado por tremores, o cidadão deve acionar a Defesa Civil Municipal pelo 153.