Policial federal de Juiz de Fora é um dos 34 denunciados pela PGR na trama golpista de Bolsonaro
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Marcelo Araújo Bormevet é acusado de integrar uma organização criminosa que realizava monitoramento ilegal de autoridades públicas, além de produzir notícias falsas por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde foi servidor público.
Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
Marcelo Araújo Bormevet, policial federal de Juiz de Fora, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pela tentativa de golpe de Estado em 2022, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 32 pessoas.
A denúncia, apresentada na terça-feira (18), inclui os seguintes crimes para todos os denunciados:
- Liderança de organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União;
- Deterioração de patrimônio tombado.
O g1 tenta localizar a defesa de Marcelo Araújo Bormevet.
Entenda o caso
O policial federal foi preso em julho de 2023 durante uma fase da operação 'Última Milha', realizada pela Polícia Federal, que investigava o esquema criminoso. Ele é acusado de integrar um grupo que:
- realizava monitoramento ilegal de autoridades públicas;
- além de produzir notícias falsas por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde foi servidor público.
Quatro meses depois, ele foi indiciado junto com Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas por tentativa de golpe e abolição violenta do Estado democrático de direito.
Marcelo Bormevet ingressou na PF em 2005, mas foi suspenso de exercer as funções públicas em virtude de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em 25 de janeiro de 2024, após o início das investigações sobre a 'Abin paralela'.
Denúncia incluia 40 nomes
O inquérito da Polícia Federal que baseou a denúncia da Procuradoria-Geral da República incluía 40 nomes ao todo. Sobre os indiciados que não foram denunciados, a PGR informou que "mantêm-se preservada a possibilidade de denúncia, a depender dos novos elementos de convicção produzidos ao longo da instrução processual".
Além do ex-presidente, foram denunciados o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
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