Paralisação de motoentregadores de Juiz de Fora é suspensa

Paralisação de motoentregadores de Juiz de Fora é suspensa
Foto: reprodução redes sociais
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Categoria iria interromper as entregas do Shopping Jardim Norte até domingo, mas decisão foi alterada após acordo entre trabalhadores, estabelecimento e Ifood

Por Tribuna de Minas 

Em vídeo publicado nas redes sociais da Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora (Ammejuf), na tarde de sexta, o secretário da entidade, Nicolas Souza Santos, informa a decisão. “A gente está suspendendo a paralisação porque aconteceu um acordo, entre o iFood e o shopping, para o uso daquela área embaixo das escadas (no estacionamento) servir de ponto de apoio, além do uso do refeitório, do vestiário e do microondas.”

Ainda de acordo com a publicação, os trabalhadores poderão continuar estacionando no local. Outra requisição da categoria foi atendida pelo acordo: “a identificação com o documento será somente para o uso do refeitório. Para poder fazer a coleta, é só mostrar o pedido na tela e está tudo certo. Não tem necessidade de colete, nem de mostrar o documento”, explica o secretário no vídeo.

Na quarta-feira (15), a Ammejuf divulgou nota afirmando que, para atender o local, os motoentregadores precisavam aguardar os pedidos na rua ou em uma área para descarte de lixo, espaço sem infraestrutura adequada e exposto ao tempo. Uma das demandas da categoria era a implementação de ponto de apoio para que os trabalhadores pudessem ter acesso a serviços básicos, como água, banheiros, tomadas e bancos para descanso.

Além disso, o texto também acusava o centro comercial de práticas “discriminatórias”, como a obrigatoriedade de uso de colete refletivo para entrar nas dependências, apresentação de dados pessoais e comprovações desnecessárias para acesso. 

Na ocasião, em nota encaminhada à Tribuna, a assessoria do Jardim Norte alegou que “os espaços descritos como hubs de entrega, conforme estabelecido na Lei Municipal nº 14.752/2023, são de responsabilidade das operadoras de serviços por aplicativos de entrega e de transporte privado de passageiros que atuam no município. O shopping reforça que está à disposição dessas empresas e da Associação dos Motoboys, Motogirls e Entregadores de Juiz de Fora para contribuir com essas iniciativas, dentro das suas atribuições e responsabilidades”.

Sobre a acusação de exigências discriminatórias para acesso às dependências do estabelecimento, a assessoria argumentou que seguia o “procedimento de segurança padrão” e que “o acesso e permanência nas áreas restritas do shopping se dão por meio do controle de identificação de qualquer pessoa, sem exceção, seja funcionário, lojista ou prestador de serviço, que é o caso dos profissionais de entrega”. 

A Tribuna voltou a entrar em contato com a assessoria do shopping, após o acordo, abrindo espaço para um novo posicionamento, mas não obteve retorno até o momento.