Operação em penitenciária mineira termina com apreensão de 'anotações suspeitas'

Operação em penitenciária mineira termina com apreensão de 'anotações suspeitas'
Secretário Greco analisa anotações apreendidas durante a operação — Foto: Tiago Ciccarini / Sejusp / Divulgação
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A ação foi promovida na Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, em Muriaé

Por José Vítor Camilo O Tempo

Anotações suspeitas foram apreendidas nesta segunda-feira (15 de abril) em uma das celas da Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, em Muriaé, na Zona da Mata de Minas Gerais. O item suspeito será alvo de investigação. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a operação especial foi promovida contra a atuação do crime organizado no interior da unidade prisional. 

Durante a operação, foram realizadas inspeções manuais e revistas gerais, entre outros procedimentos de segurança, por agentes do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado. O grupo foi criado recentemente pela Sejusp e pela Polícia Civil para enfrentamento às facções no Estado.

Após a vistoria meticulosa, foi confirmado que não havia nenhuma substância ilícita ou dispositivo eletrônico dentro dos pavilhões, porém, foram localizadas as anotações suspeitas feitas pelos detentos.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, defende que este tipo de operação deve acontecer regularmente em todas as penitenciárias e presídios de Minas. “Nosso objetivo é sempre fiscalizar e evitar a todo custo que a criminalidade aconteça também dentro do sistema prisional. Operações como essa, somadas ao trabalho de prevenção e de fiscalização, vão nos trazer sucesso nesse sentido”, reforçou.

O diretor-geral da Polícia Penal de Minas Gerais, Leonardo Badaró, explica que esse tipo de ação, com "pente-fino" em todas as celas ao mesmo tempo, demanda um maior aparato policial. Nesta segunda, a operação teve início às 5h, antes mesmo do amanhecer, para surpreender os detentos.

“A constância dessas operações demonstra o compromisso com a segurança pública e o compromisso em desarticular qualquer atividade ilegal dentro das unidades”, ponderou.

Policial da unidade foi preso em novembro

No último dia 17 de novembro de 2023, um policial penal de 40 anos foi preso em Muriaé sob a suspeita de receber propina para ajudar detentos, que seriam integrantes de uma facção criminosa, a entrarem no presídio com celulares e outros itens proibidos.

No início de novembro, imagens do circuito interno da unidade registraram o momento em que o servidor entrega uma sacola contendo celulares a um detento, que se encarrega de levá-los até outros homens presos em um dos pavilhões.

A Sejusp não informou se a operação desta segunda-feira está relacionada à prisão deste agente.