O que é a coqueluche? entenda quais são os sintomas e como se prevenir
O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias
Itatiaia Por Larissa Ricci
Mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Essas são alguns dos sintomas da coqueluche, uma infecção respiratória que, segundo dados do Ministério da Saúde, está presente em todo o mundo. Pensando nisso, a reportagem da Itatiaia conversou com o infectologista Estevão Urbano, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, para tirar as principais dúvidas.
“A doença transmissível e causada por bactéria chamada Bordetella Pertussis, que era extremamente comum no passado, mas depois da vacinação em massa se tornou bastante controlada. Entretanto, com a redução dos casos de vacinação, dos níveis de vacinação e com a globalização que transporta pessoas muito rapidamente entre vários países, notamos um aumento dessas infecções”, disse.
O especialista explica quais os primeiros sintomas são muito similares ao de uma gripe. “Depois, começa uma tosse mais persistente que pode durar meses e em, alguns casos, especialmente, em crianças muito novas, a essa tosse pode provocar até sufocamento”, explicou.
O tratamento da coqueluche é feito com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista. Estevão disse que, nos casos graves, a bactéria atinge os pulmões e a criança pode desenvolver quadro de pneumonias “Pode, até mesmo, atingir outros órgãos como sistema nervoso central levando a encefalites”, acrescentou.
A vacinação é o principal meio de prevenção. Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) também oferta vacina específica para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano de idade.
Estevão alerta: não só os recém-nascidos devem ser vacinados, mas todas as pessoas devem tomar os reforços a cada 10 anos. “Não apenas para evitar transmissão para recém-nascidos, em especial aqueles que não estejam vacinados, mas também para se prevenirem contra a própria coqueluche que pode voltar na fase de adulto se não há reforços. Além disso, protege contra difteria e tétano”, finalizou.
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