MILÍCIA NO RIO Prisão de Zinho 'abre novas possibilidades de investigação', diz Cappelli

MILÍCIA NO RIO Prisão de Zinho 'abre novas possibilidades de investigação', diz Cappelli
Ricardo Cappelli é o número 2 do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atrás de Flávio Dino — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

'Temos que ir no coração das organizações criminosas', acrescentou o número 2 do Ministério da Justiça; o miliciano mais procurado do Rio se entregou à polícia na véspera de Natal

Fonte: O Tempo    Por Lucyenne Landim

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, comentou, nesta terça-feira (26), que a prisão de Zinho, o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, abre novas possibilidades de investigação. De acordo com ele, é preciso enfrentar "o coração das organizações criminosas". 

"A prisão do líder de uma organização criminosa não encerra o trabalho. Ao contrário, abre novas possibilidades de investigação, porque não adianta você prender um líder, ele rapidamente é substituído. Nós temos que ir no coração das organizações criminosas, desmontando suas conexões políticas e financeiras, para devolver a autoridade do território ao Estado, ao povo do Brasil e do Rio de Janeiro", declarou.

Cappelli frisou que a operação foi conduzida pela Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro e a classificou como "um feito importante". Zinho foi preso no domingo (24), na véspera de Natal. Ele se apresentou às autoridades após uma negociação de sua defesa com a corporação e com a Secretaria de Segurança Pública do Rio.

O miliciano estava foragido desde 2018 e era alvo de 12 mandados de prisão. Ele é considerado pelas autoridades como o líder da milícia que domina a Zona Oeste da capital carioca. Após a prisão, Zinho foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) e encaminhado ao sistema prisional do Estado.

Desde 2010, a organização criminosa era liderada por sua família, conhecida como Família Braga. Sua advogada, Leonella Viera, nega as acusações. Zinho seria o terceiro líder da família a assumir o cargo de comando da milícia, de acordo com investigações.

Nos últimos meses, a PF realizou diversas operações para procurá-lo, a última delas há uma semana. A milícia que a PF afirma ser comandada por Zinho cobra taxas ilegais de grandes e pequenas empresas locais no Rio de Janeiro.