Médico morre com suspeita de doença arbovirose no Vale do Aço, em MG
Raul da Cunha Pereira teria contraído Chikungunya e faleceu no último sábado, aos 60 anos
Por Gabriel Rezende O Tempo
Doença arbovirose é a principal suspeita sobre a causa da morte do médico Raul da Cunha Pereira, de 60 anos, natural de Timóteo. Ele teria contraído Chikungunya e faleceu no último sábado (20 de janeiro), após ter dado entrada no Hospital Metropolitano Vale do Aço em 1º de dezembro. Desde 1º de janeiro, ele estava sob cuidados intensivos.
A confirmação do óbito foi divulgada pela Unimed Vale do Aço, rede na qual o médico era cooperado. “A Unimed reforça que prestou toda assistência necessária, seguindo os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, e manifesta suas condolências aos familiares e amigos do profissional, que deixou um legado de zelo e cuidado”, disse.
Segundo a rede, desde essa segunda-feira (22 de janeiro), foi aberto um “atendimento focado em arboviroses no Núcleo de Especialidades e Diagnóstico (NED) de Timóteo”. A medida visa agilizar o atendimento de pessoas com sintomas de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como Dengue, Chikungunya, Zika.
O Vale do Aço vive um surto de casos de doenças arboviroses. Em Timóteo, uma adolescente de 17 anos morreu sob suspeita de dengue em 9 de janeiro. Amostras de exames foram encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Em Coronel Fabriciano, também no Vale do Aço, um menino de 8 anos também morreu sob suspeita de dengue. Segundo o município, o menino "era portador de distúrbio sanguíneo (Anemia Falciforme), uma doença de base, que provoca alterações nos glóbulos vermelhos e torna o paciente mais propenso a infecções".
Estado de emergência em MG
Com o pico de casos de dengue, chikungunya e zika esperado até março, Minas Gerais decretará emergência de saúde em decorrência das arboviroses a partir desta semana.
A informação foi divulgada pelo Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23 de janeiro). Até o momento, o Estado soma uma morte por dengue e aumento de 754% nos casos em 2024.
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