Julgamento de policial reformado e ex-vereador de Muriaé que matou a esposa é adiado

Adiamento ocorreu após a advogada de defesa de Joel Morais Asevedo apresentar um atestado médico que a impossibilitou de comparecer à sessão desta quinta-feira (10). Novo júri foi marcado para o dia 21 de agosto.
Por Luiza Sudré, g1 Zona da Mata — Muriaé
Foi adiado o julgamento do policial militar reformado e ex-vereador de Muriaé, Joel Morais Asevedo, de 54 anos, acusado de matar a esposa, Priscila Silva Dala Paula, que tinha 26 anos na época do crime. O júri popular, que estava marcado para esta quinta-feira (10), foi remarcado para o dia 21 de agosto.
Segundo o Fórum de Muriaé, o adiamento ocorreu após a advogada de defesa do réu, Brenda Paiva, apresentar um atestado médico que a impossibilitou de comparecer à sessão. A informação foi confirmada pela defesa do réu, que lamentou os transtornos ocasionados pelo adiamento. Veja a nota na íntegra abaixo.
A família de Priscila Silva, disse, por sua vez, que a expectativa para o julgamento era grande e o adiamento é revoltante.
"A gente ficou muito triste. Estávamos muito ansiosos por esse júri que iria ocorrer hoje e amanhã e a nossa expectativa de Justiça era muito grande. Infelizmente veio esse balde de água fria, mas não vamos desistir e vamos correr atrás de Justiça até o fim", disse o irmão da vítima.
No dia 8 de dezembro de 2021, o réu se entregou à polícia e confessou ter matado a vítima com uma pistola que utilizava, já que, por ser sargento da reserva, tem porte de arma de fogo. Ele segue preso no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, desde 2023.
Policial militar reformado e ex-vereador Sargento Joel com a vítima do crime — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Condenado a 25 anos por lavagem de dinheiro
Além de ser réu no processo do assassinato da esposa, Joel Morais foi condenado a 25 anos e sete dias de prisão, em regime inicial fechado, por peculato — desvio de dinheiro — e lavagem de dinheiro. A sentença saiu em novembro do ano passado, através da Operação 'Catarse'.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), de 2017 a 2019 o então vereador desviou recursos públicos destinados ao pagamento de verbas de gabinete na Câmara Municipal de Muriaé.
Ele também chegou a ocultar propriedade de veículos, imóveis e dinheiro pertencentes a ele e à esposa.
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