Homem é morto por traficantes após suposta agressão contra enteado em MG
A vítima foi morta a pauladas dentro de sua residência por traficantes locais
Por Raíssa Oliveira O Tempo
Dois homens, de 26 e 27 anos, foram presos nessa segunda-feira (3 de junho) suspeitos de envolvimento na morte de um homem, de 40, em Muriaé, na Zona da Mata. Segundo divulgou a Polícia Civil (PCMG) nesta terça-feira (4 de junho), a vítima foi morta em abril deste ano.
Segundo as apurações, a vítima foi morta a pauladas dentro de sua residência por traficantes locais, que alegavam que o homem estaria agredindo o enteado. Apesar disso, o fato não foi confirmado pelas investigações.
Os suspeitos do crime foram identificados e presos durante operação da PCMG. Na ação foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão, nos bairros Vermelho II e Residencial Nova Muriaé. Um terceiro suspeito, de 22 anos, está foragido. Além disso, 12 papelotes de cocaína foram apreendidos.
Mandante
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Glaydson de Souza Ferreira, o crime foi ordenado pelo suspeito de 26 anos, que seria irmão do chefe do tráfico local e um dos gerentes do narcotráfico na região.
"O investigado ordenou o ataque em razão de reclamações de moradores locais sobre as supostas agressões que a vítima teria realizado contra o enteado", afirmou o delegado, adiantando que a PCMG também identificou outros dois suspeitos, de 22 e 27 anos, como sendo os responsáveis pelos golpes que mataram a vítima.
Segundo o delegado, a ação foi fruto da tentativa dos chefes do tráfico de "resolver conflitos" na cidade. "O tráfico no condomínio Nova Muriaé busca substituir o poder do Estado, atuando como um estado paralelo na resolução de conflitos. Durante a ação no bairro, novamente, um morador foi agredido por traficantes do bairro por estar discutindo com a esposa, o que motivou nossa intervenção a fim de evitar outro homicídio", explicou o delegado Glaydson.
"Os criminosos buscam, com essas ações, evitar o deslocamento de viaturas da polícia para o local e se fortalecer perante a comunidade como um poder paralelo", acrescentou o delegado.
Os suspeitos estão à disposição da Justiça e as investigações prosseguem.
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