Familiares e amigos se despedem de homem que morreu baleado em pagode em MG
O homem de 27 anos foi morto com oito tiros nas costas durante uma confusão em um evento de pagode na Academia Cultural Comunitária, em Ibirité
O Tempo Por Bruno Daniel
Pessoa alegre, extrovertida, tranquila, trabalhadora, amante da dança e do futebol. Essas são as lembranças que os amigos do homem de 27 anos, morto com oito tiros no último domingo (21), vão levar da vítima. Familiares e conhecidos se despedem do rapaz na manhã desta segunda-feira (22), no Cemitério Padre José Campos Taitson, em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A cerimônia teve início às 9h desta segunda-feira (22). Familiares e amigos se abraçavam e lamentavam a partida do jovem, que era solteiro, não tinha filhos e trabalhava como metalúrgico. Um amigo da vítima, que pediu anonimato, descreve o jovem como uma pessoa que gostava de viver a vida com alegria e era pacífica. "Ele era uma pessoa que gostava de futebol, música, dança. Ia muito no estádio, gostava muito do Galo. Não era nada envolvido com a criminalidade", conta.
Outro amigo de infância da vítima, que também quis ter a identidade preservada, relembra bons momentos que viveu com a vítima, que, conforme conta, era uma pessoa leal e de fé. "Ele era um cara cristão, semeou muito a palavra. Ele foi um exemplo para mim. A gente jogava bola junto, saía muito. Em datas comemorativas, sempre estávamos próximos. Estudamos na mesma escola. Era um cara alegre, um coração muito bom. Amava os amigos dele de verdade. Era leal e sincero, muito sincero", descreve o homem, com olhos marejados e voz tímida.
Amigos e familiares ainda tentam entender o que motivou o crime, que causa revolta e surpresa em quem conhecia o rapaz."Triste demais, é doloroso. Para nenhum amigo nosso, a gente imaginaria uma morte dessa forma. É crueldade demais, é revoltante. Mas, por mais revoltante, a gente tem que orar pelo cara que fez uma coisa dessas. É o ensinamento cristão", conclui o amigo de infância da vítima.
Um familiar do jovem, que também pediu anonimato, também tenta assimilar a perda e diz que o assassinato foi uma atrocidade. "Eu só quero que a justiça seja feita. E Deus sabe o que faz. A gente já está sofrendo. Só sei que ele não merecia", resume.
O caso
O homem de 27 anos foi morto com oito tiros nas costas durante uma confusão em um evento de pagode na Academia Cultural Comunitária, em Ibirité. Outras nove vítimas foram atingidas nas pernas e braços. O caso ocorreu na madrugada de domingo (21 de abril).
O evento tinha um público de cerca de 150 pessoas, e os tiros, disparados em rajada, causaram alvoroço. Pessoas que assistiam a apresentação musical contaram aos militares que viram o suspeito efetuar os disparos e depois fugir em um carro de cor prata. Ninguém foi preso.
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