Consórcio VIA JF entra com representação criminal contra 3 cobradores

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Por Hugo Netto Fonte Tribuna de Minas 

O Consórcio VIA JF, operador do transporte público de Juiz de Fora, abriu um processo de representação criminal contra três cobradores, apontados como possíveis responsáveis pela interdição da Avenida Brasil e das faixas exclusivas de ônibus da Avenida Barão do Rio Branco, na última quinta-feira (21). O consórcio acusa os três de praticarem o crime previsto no artigo 262 Código Penal, de impedir ou dificultar o funcionamento de um meio de transporte público, que pode ser punido com um a dois anos de detenção.

notícia de crime, que pede a abertura de um processo, alega que eles “resolveram interromper a circulação dos ônibus do transporte coletivo urbano de passageiros de Juiz de Fora por volta das 11h45, permanecendo até às 13h30”, o que teria causado enorme transtorno e irreparável prejuízo para as empresas.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Juiz de Fora (Sinttro) afirma que estará à disposição dos trabalhadores, com o departamento jurídico, caso necessário.

Os trabalhadores são acusados, ainda, de colocarem o consórcio “em rumo de colisão com o poder público, que tem exigido um transporte bom, eficiente e adequado”. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Juiz de Fora para comentar a afirmação, e aguarda retorno.

O documento também informa que a obstrução impediu a passagem de duas ambulâncias, de acordo com o boletim de ocorrência.

Preocupação com os empregos

A nota do VIA JF, divulgada à imprensa, reconhece que o sistema de transporte tem passado por algumas mudanças, com o término do posto de cobrador – transição que acontece de forma gradativa, começando aos domingos e feriados. “Essa mudança foi objeto de negociação coletiva entre as categorias econômica e profissional, o que resultou em acordo coletivo de trabalho, previamente aprovado por assembleia geral”, cita em texto.

Um comunicado de manifestação dos trabalhadores, em forma de caminhada, circula nas redes sociais, marcada para a próxima semana. O Sinttro afirma que, caso a paralisação programada aconteça, será independente, e não admite que haja nenhuma demissão. “Caso isso aconteça, o sindicato estará pronto para defender os trabalhadores, como sempre fez”.