Conheça a Sala da Raiva, onde você pode descontar a fúria quebrando garrafas e computadores

Conheça a Sala da Raiva, onde você pode descontar a fúria quebrando garrafas e computadores
Contagem , MG , 11.06.2024 - Interessa - Sala da Raiva . ( Foto : Flavio Tavares / O Tempo ) Foto: Flavio Tavares / O Tempo
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Esse tipo de estabelecimento ficou conhecido no exterior, e, desde janeiro, há um espaço como este disponível no Eldorado, em Contagem

O Tempo   Por Laura Maria

 

Em momentos de raiva, você já sentiu vontade de quebrar os objetos da sua casa, mas pensou que talvez esta não seria uma boa ideia, uma vez que teria que limpar e – pior –, comprar tudo de novo?

Pois você pode realizar este desejo sem precisar ter que colocar a mão na massa e pagando bem pouco por isso. Esse lugar é a Sala da Raiva, também conhecida como rage room, onde você pode literalmente quebrar tudo, como garrafas de vidro e telas de computadores.

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Esse tipo de estabelecimento ficou conhecido no exterior, e, desde janeiro, há um espaço como este disponível no Eldorado, em Contagem. Para participar de uma sessão de quebradeira, é preciso fazer um agendamento (mais informações ao fim da matéria).

Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

Existe um pacote básico, que custa R$ 50, e dá direito a 30 minutos dentro da Sala da Raiva e a um kit para ser destruído, que incluem seis garrafas, um eletrônico e um brinde surpresa, que varia de acordo com o estoque. 


Caso queira quebrar mais coisas, os objetos são vendidos separadamente, em valores que vão de R$ 1 (garrafa de vidro) até R$ 70 (televisores). À frente do estabelecimento, Sidney Nogueira Silva conta que as telas de computadores são os itens prediletos de seus clientes.

“Eu acho que o pessoal associa um pouco ao trabalho. As pessoas pensam: ‘Poxa, eu sempre quis saber seria quebrar um computador, e hoje eu consegui’. Então, a galera adora bater com a marreta e transformar em papel a tela de computador, principalmente as que vêm com algum adesivo ou logo de uma empresa”, aponta.

Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

 

Dentre os equipamentos disponíveis para quebrar tudo, estão taco de beisebol, chave de roda, martelos, machados e marretas. Para participar de um dia de fúria, é necessário se paramentar com equipamentos de proteção, como capacetes, óculos de segurança, luvas, protetor facial ou manguitos, caso o cliente não vá com blusas de mangas longas.

Além disso, é fundamental estar de sapatos fechados e é recomendado usar um tênis. Silva garante, a propósito, que, das 300 pessoas que já se passaram pelo local, nenhuma delas se feriu.

“Nossa preocupação era a de o pessoal se empolgar muito. Nós temos ferramentas pesadas, como marretas, martelos e machados, e nosso medo era o de as pessoas se machucarem brincando, mas isso não aconteceu, nunca tivemos nenhum tipo de acidente. Nós também fazemos monitoramento por TV, e, se as pessoas se empolgam muito, a gente interrompe a brincadeira e damos dicas para maneiras”, conta.

Crianças podem participar, desde que sejam acompanhadas dos pais, e a entrada é liberada para pessoas com mais de 14 anos.

 

Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

Curiosidade move mais as pessoas do que a raiva


Apesar de ter o nome de Sala da Raiva, ele conta que não é exatamente esse sentimento que as pessoas têm ao procurar pelo espaço. “Eu pensei que a galera que viria seria mais explosiva, a que fala palavrão, mas as maiorias das pessoas vêm pela curiosidade. Muitos, inclusive, começam tímidos, mas logo se empolgam”, diz.

Há também quem procure o espaço para poder liberar outros sentimentos. “Tem gente que veio para viver um luto, depois de perder alguém. E também porque perderam o emprego ou estavam no fim de um curso e estavam muito estressadas por isso”, indica.


Depois da experiência, os clientes relatam uma sensação de alívio. “Muitos falam: ‘eu estava precisando fazer isso.’ Mas uma coisa que sempre destaco é que a gente não presta um serviço de saúde mental. A gente sempre orienta alguém a buscar um profissional da saúde quando um cliente fala de uma questão mental. Eu vejo a Rage Room como uma atividade física, como futsal, feita de uma maneira diferente”, afirma Silva.

 

Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

Compra e descarte do material


O empreendedor conta que tem diversos fornecedores de materiais, especialmente aqueles que trabalham com reciclagem. “Temos pessoas que fazem a separação de alguns materiais para a sala, como as garrafas e os computadores”, explica, destacando que também se preocupa com o descarte do lixo. Com a exceção do vidro, 100% do material é reciclado novamente. Nós vamos aos centros de reciclagem e já levamos plástico, ferro, placas, fio de cobre já separados.


Funcionamento e agendamento


Sala da Raiva


Endereço: Rua José Barra do Nascimento, 1.750, Eldorado. Contagem

Funcionamento: quintas e sextas, das 18h às 21h, e sábados e domingos, a partir das 16h

Valor: R$ 50, que dá direito a meia hora na sala + um kit de itens para quebrar 

Observação: necessário agendar um horário pelo Instagram @saladaraivaoficial ou WhatsApp (31) 97181-0055