Casal de empresários é preso por extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa

Casal de empresários é preso por extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa
(Foto: PCMG)
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Dupla aplicava golpes dizendo que vítimas estariam praticando crimes de violação de direitos intelectuais

 Tribuna    Por Júlia Pessôa

 

Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta segunda (30),  um casal acusado de manter  empresa sediada em Santos Dumont, suspeita de praticar extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com faturamento estimado de quatro milhões.

As investigações surgiram a partir de demandas oriundas de delegacias de vários locais do país, noticiando que foram procuradas por vítimas que relataram terem sofrido extorsão.

De acordo com a polícia civil, a empresa procurava, nas redes sociais, por perfis que vendiam produtos em tese falsificados e, simulando interesse em comprá-lo, obtinha mais informações sobre o vendedor. Posteriormente, outro setor da empresa fazia contato para tentar conseguir algum dinheiro da vítima, alegando que ela estaria praticando crimes de violação de direitos intelectuais.

Sob a ameaça de registrar ocorrência, a empresa exigia o pagamento de um acordo extrajudicial, cujos valores eram estabelecidos conforme o número de seguidores das mídias sociais. Quando o acordo não era cumprido, a empresa denunciava perfil da rede social utilizada e o derrubava do ar.

Além da imputação de diversos crimes às vítimas, havia também uma chantagem no sentido de que o acordo proposto sairia mais barato do que uma possível ação judicial que seria movida contra o vendedor.

Dentre as vítimas identificadas, está uma artesã da cidade de Salvador (BA), que havia anunciado, em seu perfil nas redes sociais, uma pequena caixa de papelão de enfeite para festas, com o escudo de um time de futebol, comercializada por R$1,60. Essa artesã foi procurada pela empresa, que exigiu o pagamento de R$1.600 pela utilização do escudo do time, e, após negar-se a pagar o valor,  a mulher teve sua página na rede derrubada.

Atendendo ao requerimento da PCMG, a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois sócios, sendo um homem e uma mulher , e expediu mandado de busca e apreensão para a sede da empresa e para a casa dos investigados, determinando a suspensão das atividades e o bloqueio das contas bancárias, tanto da empresa quantos dos envolvidos.

Durante o cumprimento das buscas foram apreendidos computadores, celulares, notebooks, livros de registro, equipamento de informática e um veículo de luxo. A mulher, de 26 anos, foi presa na sede da empresa,  e o homem, de 30 anos, foi preso em sua residência, sendo ambos encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça. Segundo a Polícia Civil, o caso segue em investigação.