Cápsula que promove eutanásia causa polêmica na Suíça: ‘Glamourizam o suicídio’

Segundo a imprensa local, promotores levantaram preocupações legais e éticas sobre o equipamento
Itatiaia Por Maria Fernanda Ramos
Pouco tempo após ser lançado, a cápsula apelidada de ‘Tesla da eutanásia’, que realiza suicídios assistidos, foi banida na Suíça. Chamado de “Sarco” (referenciando um sarcófago), a cápsula permite que um paciente apertasse um botão e morresse sem dor em poucos segundos.
Segundo a imprensa local, promotores levantaram preocupações legais e éticas sobre o equipamento. Eles manifestaram incertezas sobre como ele opera e como determinar quem tem responsabilidade após a morte assistida.
A cápsula permite que a pessoa cometa suicídio sem ajuda externa. É preciso apenas apertar um botão, que liberará nitrogênio, levando à morte em poucos segundos. A pessoa perde a consciência pela falta de oxigênio e morre sem dor.
Os promotores também avisaram de que qualquer pessoa que usar o equipamento para ajudar na morte de alguém poderá ser preso por até 5 anos. A cápsula foi mostrada pela primeira vez em 2019 pelo médico Philipe Nitschke, apelidado de “Dr. Morte”.
Autoridades suíças afirmam que o método não é claro e falaram sobre um possível mau funcionamento do aparelho, levando a outras consequências não intencionais.
A Suíça é um dos poucos locais onde o suicídio assistido é permitido. A lei prevê que o indivíduo tenha mente sã e não seja motivado por razões egoístas.
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