Biomédica suspeita de matar cliente em lipoaspiração na promoção é solta em MG

Biomédica suspeita de matar cliente em lipoaspiração na promoção é solta em MG
Com base nas provas, foi concluído que a biomédica assumiu o risco de matar a vítima — Foto: Pixabay/Divulgação
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A mulher estava presa desde o dia 22 de março após descumprir uma medida cautelar

O Tempo   Por Raíssa Oliveira

 

A biomédica de 34 anos indiciada por homicídio após a morte de uma cliente de lipoaspiração em uma clínica no centro de Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado, foi solta na última terça-feira (30 de abril). A mulher estava presa desde o dia 22 de março após descumprir uma medida cautelar. Em maio do ano passado, uma cliente da profissional, de 46, morreu durante o procedimento de lipo, que lhe foi oferecido na promoção. 

A decisão é do juiz Ivan Pacheco de Castro, que entendeu que o tempo de prisão, de cerca de um mês, foi suficiente para "demonstrar que o Poder Judiciário está atento ao cumprimento de suas ordens e exige o respeito às suas decisões", escreveu. O magistrado ressalta ainda que em caso de descumprimento das medidas cautelares uma nova prisão preventiva pode ser decretada contra a investigada. 

Relembre o caso 

De acordo com a Polícia Civil, o marido da paciente contou que a mulher foi informada que o procedimento de lipoaspiração custava R$ 18 mil. No entanto, a cirurgia acabou saindo pelo valor promocional de R$ 12 mil, com encaixe rápido e sem avaliação de risco cirúrgico. 

A mulher foi submetida à cirurgia, mas, durante o procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela foi socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e levada para o hospital, mas não resistiu.

Após a morte da paciente, investigadores e peritos compareceram à clínica e constataram irregularidades, autuando a biomédica e uma técnica de enfermagem em flagrante. O inquérito concluiu que a cliente morreu por intoxicação devido ao excesso de anestésicos, hemorragia, parada cardiorrespiratória e aspiração que resultou em lesão pulmonar.

As apurações apontaram irregularidades na clínica, como falta de equipamentos de suporte e ocultação de itens usados nos procedimentos

A PCMG ouviu mais de 20 pessoas e arrecadou provas de que a biomédica assumiu o risco de matar a vítima, por realizar o procedimento sem habilitação e em local inapropriado. Outros três funcionários da clínica também foram indiciados.