Aborto, armas, classe média, abuso sexual: as palavras-chave do 1ª discurso de campanha Kamala Harris
Em Wisconsin, a vice presidente americana deu o tom campanha e polarizou com os principais pontos da pauta de costumes de seu adversário, Donald Trump.
Edilene Lopes Itatiaia
A vice-presidente americana, Kamala Harris, demarcou, claramente, seu tom de campanha no primeiro comício que fez, em Milwaukee, no estado de Wisconsin, nesta terça-feira (23). Em contraposição a Donald Trump, Harris disse que vai limitar o acesso a armas e sancionar a lei que flexibiliza o aborto, caso seja eleita presidente dos Estados Unidos.
Classe Média
A vice presidente também disse que está focada em melhorar a vida da classe média americana, que compõe a maior parte do eleitorado, e incentivou os eleitores a lerem o plano de governo de Trump, dizendo que ele propõe exatamente o contrário. Segundo ela, o republicano vai cortar programas sociais e diminuir a tributação para os mais ricos, deixando a conta para a classe média pagar.
A procuradora
Harris também marcou a postura que vai adotar na campanha, a de procuradora, e colocou o adversário do outro lado do balcão, o banco dos réus. A vice presidente relembrou sua história de combate a abusos sexuais e citou os 34 acusações contra Trump, que foi condenado por falsificação de documentos contábeis para silenciar a ex-atriz pornô Stormy Daniels.
Kamala agradeceu mais uma vez o apoio do presidente Joe Biden, que desistiu da candidatura no último domingo (21), e informou que já tem o número de delegados suficiente para formalizar o nome na disputa. A convenção é no dia 19 de agosto. Segundo Harris, este é o momento de pensar que tipo de país os americanos querem e investir em liberdade e em um futuro possível e não em ódio e medo.
Polarização
O primeiro discurso deixou claro que a saída de Biden e a entrada de Kamala polariza mais o cenário e torna a participação democrata mais competitiva que com o candidato anterior. Já a pesquisas que apontam Harris com 44% das intenções de votos e Trump com 42%. No cenário anterior, com o presidente americano apresentando fragilidade de saúde, a vitória de Trump era praticamente dada como certa e por W.O.
Com a substituição por Harris, além do aumento nos financiamentos, o engajamento de celebridades tem sido progressivo. A cantora Beyonce, por exemplo, autorizou o uso de uma de suas músicas na campanha.
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