STJ forma maioria para que Robinho cumpra pena no Brasil
Robinho foi condenado na Itália a 9 anos de prisão; caso aconteceu em 2013
Por Tribuna de Minas
Em julgamento nesta quarta-feira (20), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) formou maioria para que Robinho cumpra a pena de 9 anos de prisão por estupro coletivo no Brasil. A Justiça italiana, que condenou o atleta, solicita que o ex-jogador fique no sistema carcerário brasileiro. Até o momento, a votação está em 9 a 2 a favor do cumprimento da pena no Brasil.
O relator, Francisco Falcão, Humberto Martins, foi acompanhado por Herman Benjamin, Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell, Isabel Galloti, Antônio Carlos e Ricardo Vilas Boas. Já o ministro Sebastião Reis, apesar de concordar com o cumprimento da pena no Brasil, divergiu do início em regime fechado. Raul Araújo e Benedito Gonçalves votaram em contrário. Era necessário maioria simples dos 15 ministros do STJ para decidir sobre a pauta.
Entenda o caso
De acordo com as investigações e condenação na Justiça italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.
Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.
Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.
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