Operação contra pedofilia prende dois suspeitos em Minas Gerais

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Investigação apontou que crime tem ligação com criminosos de outros países e que bandidos agem pelas redes sociais

Por Raquel Penaforte  O Tempo

Dois homens, de 45 e 51 anos, foram presos durante uma operação nacional com foco no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Eles estavam entre os 15 alvos de mandados de busca e apreensão de um desdobramento que a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu em dez cidades do Estado na operação denominada Bad Vibes.

"Eles foram presos em flagrante, depois que foi identificada uma grande quantidade de material pornografico envolvendo crianças e adolescentes nas residências deles. Agora, esse material e os demais que foram localizados em outros endereços serão periciados", disse a delegada Cristiana Angelini, do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes.

Segundo a delegada, a investigação começou quando, no início do ano, outra investigação na cidade de Petrovia, na África do Sul indicou que o crime de armazenamento e compartilhamento desse tipo de material estava acontecendo no Brasil. "O serviço de inteligência começou a apurar e identificou de onde partiam esse conteúdos e aí, nessa quarta-feira (6), realizamos a ação", disse. Além de Belo Horizonte, os mandados foram cumpridos nas cidades de Juiz de Fora, Araxá, Cuparaque, Ipatinga, Congonhas, Pirapor, Lagoa Santa, João Pinheiro e Montes Claros.

Os presos são das cidades de Monte Claro e João Pinheiro. O perfil deles não foi divulgado. "Identificamos que os suspeitos agem em uma rede social aberta, agora  com o material apreendido, celulares e notebooks, vamos tentar identificar as vítimas e quem produz esses conteúdos", acrescentou. 

A pena para armazenamento e compartilhamento de conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes pode chegar a oito anos de reclusão.

Alerta aos pais

A delegada salientou a importância dos pais e responsáveis ficarem atentos ao que crianças e adolescentes fazem nos meios digitais. "Muitos pais acham que crianças em casa estão à salvo, mas é de responsabilidade dos pais fiscalizar o conteúdo que os filhos acessam, com quem interagem. Muitos pedófilos se passam por crianças para enganar outras crianças, pedem esse tipo de conteúdo em troca de créditos para joguinhos online e as crianças não têm noção de como esse tipo de crime pode deixar traumas para toda a vida", disse.