Motoristas de app protestam contra regulamentação em BH
Profissionais são contrários a projeto apresentado pelo governo federal
Por O TEMPO
Motoristas de aplicativo voltam a protestar contra a regulamentação da profissão, proposta pelo governo federal. A manifestação ocorre em várias cidades do Brasil nesta terça-feira (26/03) — em Belo Horizonte, os motoristas reuniram-se na praça do Papa e, ao longo da manhã, desceram a avenida Afonso Pena.
Imagens compartilhadas pela Frente de Apoio Nacional ao Motorista Autônomo (Fanma) por volta das 12h mostram uma fila de veículos atrás de um carro de som seguindo no sentido praça Sete. Veja:
Eles também pararam em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). "Precisamos do olhar da prefeitura e da Câmara Municipal para políticas e públicas voltadas para nós. Não tempos um lugar para embarcar e desembarcar passageiros em eventos. A mobilidade é uma realidade, os aplicativos são uma realidade nas cidades, e Belo horizonte virou as costas para os motoristas. Não temos ponto de embarque e desembarque no centro. O passageiro tem que ficar no meio de carros, em pontos de ônibus", diz o presidente da Fanma, o motorista Paulo Xavier, em vídeo compartilhado por ele.
Os motoristas são contrários à sindicalização da categoria, prevista no projeto de lei federal, e ao valor da taxa que seria paga pelos motoristas para contribuir com a Previdência Social. Parte dos motoristas discorda da proposta, que ainda precisa ser avaliada pelo Congresso, sob a justificativa de que ela diminui sua autonomia.
A manifestação desta terça segue-se a outro protesto realizado na segunda-feira (25/05) por motociclistas. Os entregadores não são contemplados pelo atual projeto, mas uma regulamentação da categoria também é discutida em Brasília.
As próprias empresas de aplicativo são favoráveis ao projeto do governo. A Uber, por exemplo, divulgou uma nota em que o chama de “importante marco”. A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) também saudou a iniciativa.
As empresas precisarão arcar com parte do INSS dos motoristas, mas não mencionam, em seus comunicados, se isso implicará em viagens mais caras para os passageiros. Parte do setor afirma que não, embora alguns analistas afirmem que o aumento de custos das empresas naturalmente se traduzirá em tarifas mais caras para os usuários.
Esta matéria está em atualização.
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