Morre idoso que teve casa derrubada por empresário em MG e comoveu a internet

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Valdevi Gomes tinha 71 anos Imagens cedidas à Itatiaia
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Valdevi Gomes, de 71 anos, foi surpreendido por máquinas que demoliram vários imóveis em distrito de Curvelo; caso chegou a ser investigado pelas autoridades

Itatiaia    Por 

 

O idoso de 71 anos que teve sua casa demolida por um empresário em outubro de 2023 em Curvelo, na região Central de Minas, morreu no último sábado (30). Valdevi Gomes, conhecido como ‘Dois Conto’, morava no distrito de Angueretá até ter seu imóvel invadido e derrubado por duas máquinas, mandadas por um empresário do ramo de pedras (relembre o caso no fim da matéria)

A informação da morte de Valdevi Gomes foi confirmada pela família do idoso, que foi velado e sepultado ainda durante o fim de semana. A causa da morte não foi informada.

A derrubada da casa de Valdevi e de outros moradores do distrito de Angueretá, em Curvelo, foi alvo de um inquérito da Polícia Civil e era acompanhada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A Itatiaia entrou em contato com os dois órgãos e aguarda retorno. O espaço segue aberto.

Relembre o caso

O terreno onde estavam as casas fica na MG-420, próximo ao quilômetro 6, às margens do Rio Paraopeba. Na ocasião, Valdevir disse que, no dia 11 de outubro de 2023, quatro homens chegaram com dois maquinários e o mandaram sair do local. A região onde o senhor morava não tem sinal de celular, por isso, o homem presenciou, sozinho, sua casa e as dos familiares serem demolidas.

“De repente chegaram com a máquina e falaram comigo para sair de dentro de casa ou iam derrubar tudo em cima de mim. Aí eu fui tirando um pouquinho das coisas que dei conta e eles foi quebrando tudo. Tem 20 anos que moro aqui. Quebraram tudo mesmo. Até galinhas mataram, porque caiu em cima do galinheiro”.

O empresário foi identificado após a Polícia Militar encontrar, em área próxima às casas derrubadas, o maquinário utilizado para a demolição. As máquinas foram relacionadas à empresa comandada pelo homem que, então, falou com militares pelo telefone e relatou ter demandado a destruição das casas porque pensava que o terreno era dele — apesar de não ter nenhuma ordem judicial.