Mineira representa o Time Brasil em batalhas de Breaking pelo mundo

Mineira representa o Time Brasil em batalhas de Breaking pelo mundo
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

Nathana Venâncio destaca em competições internacionais, e já foi eleita a melhor B-Girl no prêmio Breaking Latino Americano 2016

O Tempo Sports     Por Bárbara Ribeiro

 

O breaking estreará como esporte olímpico nos Jogos de Paris 2024, mas Nathana Venâncio, de 30 anos, de Uberlândia, no triângulo mineiro,  já participa de competições de alto nível antes da modalidade entrar para o ciclo olímpico.

Nathana encontrou no Breaking não apenas uma forma de expressão, mas também de superação. “Eu conheci o break através do meu professor, Fagundes, que me introduziu à Comunidade Hip Hop. Ele foi meu mentor desde que comecei, por volta de 2008, 2009,” relembra a atleta.

Ela se destaca em competições internacionais, e já foi eleita a melhor B-Girl no prêmio Breaking Latino Americano 2016 e no Destaque BreakSP 2017. Além disso, foi finalista no Red Bull BC One Cypher Brasil em 2018 e 2021, e em 2023 venceu o Poder Latino no Peru. “O break já possui um mercado consolidado antes mesmo de se tornar um esporte olímpico, com competições que percorrem o mundo inteiro,” explica Nathana sobre a profissionalização da modalidade.

Competindo em torneios globais, Nathana treina fisicamente três vezes por semana e pratica breaking diariamente. “Meu treinamento é específico para a modalidade, focando em velocidade, explosão e potência. Durante as sessões de treino, improvisamos conforme o DJ toca durante a competição,” detalha

Nascida e criada em uma família humilde, a jornada de Nathana no breaking não foi fácil. Enfrentou falta de aceitação inicial da família e preconceito por ser mulher em um ambiente predominantemente masculino. “Muitas vezes ouvi que não chegaria a lugar algum, especialmente de homens. Isso desmotiva muitas garotas, mas eu não desisti,” compartilha a B-Girl, que celebra a mudança positiva com mais mulheres conquistando seu espaço.

Com a inclusão do breaking nas Olimpíadas, Nathana vê novas oportunidades para a modalidade e para os atletas. “O break como esporte abriu portas para que outras pessoas o vejam como uma profissão. Espero que surjam mais espaços de treino e patrocínios, pois ainda há carência disso,” afirma.

A preparação psicológica também é essencial. “No Time Brasil, contamos com Tati, nossa psicóloga, que nos atende semanalmente. Estar bem psicologicamente é fundamental para refletir isso na performance,” destaca Nathana.

A última etapa classificatória para as Olimpíadas, começa nesta quinta-feira (20/6) em Budapeste, Nathana infelizmente não conseguiu se classificar. No entanto, o brasileiro Leony Pinheiro, atualmente na 33ª posição do ranking mundial, busca garantir sua vaga para Paris.

Em busca da vaga olímpica, Leony encerrou a primeira janela entre os 40 melhores do mundo, em 33º lugar, avançando para a etapa final de qualificação, que consiste em duas séries: a primeira neste final de semana em Xangai e a segunda de 20 a 23 de junho em Budapeste.

Apesar de não ter garantido uma vaga olímpica para Paris, Nathana torce pelo compatriota e acredita que a visibilidade do breaking nas Olimpíadas trará ainda mais reconhecimento e oportunidades para a modalidade no Brasil. “Espero que o break alcance novos lugares e que mais crianças se interessem por essa modalidade,” diz a atleta, que planeja continuar competindo em alto nível por muitos anos.