Greve de professores federais deve ser finalizada; TAE’S seguem parados
Comando Nacional de Greve aceitou proposta anterior do governo que previa reajuste salarial em 2025 e 2026. Além disso, Lula acertou revogação de portaria editada em 2020 pelo governo Bolsonaro
Tribuna Por Pâmela Costa
O Comando Nacional de Greve decidiu pelo fim da greve dos professores federais que já perdura há mais de dois meses – a decisão serve como indicação para as bases, que ainda devem deliberar se vão aderir ou não. Após impasse com o governo federal, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) aceitou a proposta anterior do executivo, que estipulava reajuste salarial em 2025 e em 2026. Também foi acertado que Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) revogue uma portaria editada pelo governo Bolsonaro, que ampliava a carga horária dentro de sala da categoria.
Nesta quarta-feira (26), uma nova rodada de assembleias vai ocorrer e, desta forma, cada seção vai dar o parecer sobre a saída ou não da greve, bem como a data em que isto deve ocorrer. Conforme a Tribuna já havia antecipado, as frentes sindicais dos professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e dos Institutos Federais de Juiz de Fora, Muriaé e Santos Dumont votaram favoravelmente à indicação de encerrar a greve, no dia 20. Mas a categoria ainda aguardava a votação da assembleia nacional e uma nova reunião entre eles para oficializar a volta das atividades de forma unificada.
Agora que o Comando Nacional de Greve já se posicionou, a expectativa é de que a Apes de JF siga o mesmo rumo, com as aulas sendo retomadas até o dia 3 de julho. As negociações com os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da UFJF e do IF Sudeste MG, porém, permanecem. Segundo o coordenador Flávio Sereno, “a greve continua”.
Fim da greve: os resultados das negociações
O reajuste salarial em 2025 e 2026, já proposto pelo governo, foi acertado com uma porcentagem maior do que a estipulada inicialmente. Junto disso vieram outros direitos, como a redução do intervalo de tempo para avanço na carreira – que passa de 18 meses para um ano.
Também houve aceleração da progressão do servidor por capacitação, que se dará a cada cinco anos: e alteração do parâmetro do piso salarial. Foi previsto, ainda, que o governo Lula revogue medidas editadas pelo governo Bolsonaro.
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