Fisioterapeuta que se passava por médico paga fiança de R$ 28 mil e será solto
Bruno Cézar Lucchesi tinha sido preso no dia 3 de junho. Ele atuava em uma clínica no Barreiro, em Belo Horizonte.
Por g1 Minas — Belo Horizonte
A Justiça determinou a soltura de Bruno Cézar Lucchesi, fisioterapeuta suspeito de se passar por médico, preso em Belo Horizonte no dia 3 de junho. Ele pagou fiança de R$ 28 mil e vai usar tornozeleira eletrônica por seis meses.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargadores revogaram a prisão preventiva do fisioterapeuta e, além da monitoração eletrônica, fixaram medidas cautelares como:
- proibição de manter contato com as vítimas;
- recolhimento do passaporte;
- recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga por seis meses.
A Justiça também determinou a suspensão do exercício profissional do suspeito no Conselho Regional de Fisioterapia.
Relembre o caso
Bruno Cezar Lucchesi, de 37 anos, atuava em uma clínica no bairro Barreiro de Baixo, na Região do Barreiro. Segundo a Polícia Civil, ele ficou cerca de três anos se passando por médico.
Ele atendia de cinco a seis pacientes por dia, e as consultas custavam entre R$ 270 e R$ 350. A clínica faturava em torno de R$ 40 mil por semana.
O suspeito realizava procedimentos de harmonizações corporais e faciais, peelings e infiltrações na coluna e joelho. Uma das vítimas do falso médico pagou R$ 7.500 por uma harmonização íntima que não deu certo e ficou com sequelas.
Fisioterapeuta que se passava por médico dizia ter várias especializações — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Ainda de acordo com a Polícia Civil, Bruno Cezar Lucchesi emitia atestados médicos – o que é proibido para fisioterapeutas – e prescrevia remédios para colesterol e pressão, por exemplo.
Ele usava números do Conselho Regional de Medicina (CRM) de médicos falecidos, de outros estados ou que estavam inativos junto ao órgão.
Em junho, o fisioterapeuta foi indiciado pelos crimes de exercício ilegal da medicina, estelionato, falsidade ideológica, emissão de atestado falso e exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo direto e iminente.
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